Conhecer os tratamentos para as doenças renais crônicas é essencial para quem sofre dessa condição e preocupa-se com o seu futuro. Atualmente, já existem três métodos altamente eficazes que trazem mais qualidade e aumentam a vida dos pacientes afetados por essa enfermidade.
Conforme a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial há, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas com problemas renais.
Além disso, segundo o Ministério da Saúde, a doença renal crônica causa 2,4 milhões de mortes anualmente em todo o mundo.
Esses dados mostram a importância de conhecer os tratamentos para as doenças renais e procurar ajuda de um médico especialista para evitar complicações. Continue lendo e saiba mais.
O que é a doença renal crônica e quais seus tipos?
Antes de falar sobre os tratamentos para as doenças renais crônicas é importante entender essa complicação. Os problemas que afetam os rins de forma crônica são aqueles que reduzem a sua capacidade de filtração gradativamente, o que pode ocorrer rapidamente ou ao longo de muitos anos.
Existem muitos problemas que levam um paciente a ser diagnosticado com doença renal crônica, como:
problemas na formação dos órgãos;
formação de pedras renais;
infecções recorrentes e
câncer de rim.
Além disso, doenças como diabetes e pressão arterial alta também causam a perda progressiva da função renal.
Quais são os tipos de doença renal crônica?
A doença renal crônica é classificada de acordo com o grau de comprometimento dos rins. Para avaliar essa função, utilizam-se fatores específicos, como imagens dos órgãos, exame de urina e a taxa de filtração glomerular (TFG).
A TFG é estimada a partir de uma equação que considera diversas questões, como:
gênero;
etnia;
idade e
quantidade de creatinina no sangue.
A partir do cálculo, o paciente é classificado em um dos estágios abaixo:
Estágio 1: TFG acima ou igual a 90 mL/min/1,73 m², com alterações no exame. Normalmente, não há sintomas nesse estágio.
Estágio 2: TFG entre 60 a 89 mL/min/1,73 m². É mais comum em idosos, causado pela perda natural da função renal.
Estágio 3A: TFG entre 45 a 59 mL/min/1,73 m². Há o início da manifestação de sintomas, como cansaço, alteração nos hábitos urinários e anemia.
Estágio 3B: TFG entre 30 a 44 mL/min/1,73 m². Ocorre o agravamento dos sintomas.
Estágio 4: já é considerado crítico, caracterizado pela TFG entre 15 a 29 mL/min/1,73 m².
Estágio 5: chamado estágio terminal. Nesses casos, a TFG está abaixo de 15 mL/min/1,73 m².
Quais os tratamentos para as doenças renais crônicas existentes?
A partir da classificação acima, o nefrologista define qual é a abordagem mais apropriada para cada caso, considerando as diversas opções de tratamentos para as doenças crônicas.
Quando a taxa de filtração glomerular está acima de 20 mL/min/1,73 m², ou seja, nos estágios 1 até uma parte do 4, o tratamento recomendado é o conservador, que engloba medidas clínicas para retardar a piora da função renal, reduzir os sintomas e prevenir complicações. As principais estratégias utilizadas nesse método são:
controle da pressão arterial;
interrupção do tabagismo;
tratamento da dislipidemia;
uso de remédios para melhorar os sintomas e reduzir a perda de proteínas;
tratamento de doenças consequentes do problema renal, como anemia e perda óssea e
mudança na dieta.
Nos casos em que a TFG está abaixo desse limite, recomenda-se iniciar um dos tratamentos para as doenças renais crônicas que fazem a filtragem do sangue. Atualmente, existem três opções. Conheça quais são elas.
Diálise peritoneal
Nesse método, a filtragem ocorre no corpo do paciente, mais especificamente na cavidade peritoneal, localizada no abdome. Após ser realizado um acesso a essa área com a inserção de tubo flexível, que fica fixo, é aplicado um líquido de diálise, chamado dialisato.
Ele consegue interagir com as impurezas do sangue que o rim não consegue filtrar. É como se fosse uma peneira que concentra todas as substâncias em excesso. Após um tempo, é feita a retirada do líquido com todos esses compostos.
Esse processo, para ser eficaz, deve ser feito algumas vezes durante o dia, por isso, geralmente, é conduzido na própria casa do usuário, por ele mesmo ou pelos seus familiares.
Diálise peritoneal automática
Outra opção entre os tratamentos para as doenças renais crônicas é a diálise peritoneal automática. O seu funcionamento é muito semelhante ao anterior, mas ao invés da colocação e da drenagem do líquido ser feita manualmente, é um equipamento que executa esses processos.
Normalmente, isso ocorre no período da noite, bastando o paciente fazer a conexão do seu acesso no aparelho e ir dormir. De manhã, é só desconectar e ter uma rotina regular.
Hemodiálise
Na hemodiálise o processo de filtragem acontece externamente, em uma máquina chamada dialisador. O funcionamento é similar a diálise, mas ao invés do líquido entrar em contato com o sangue no abdômen, ele é retirado e passa por um equipamento, voltando ao corpo quando está sem impurezas.
Para isso, é feito um acesso vascular que pode ficar no braço ou na perna, dependendo da saúde dos vasos e da escolha do paciente.
Quando procurar um profissional?
Se você foi diagnosticado e orientado a iniciar um dos tratamentos para as doenças renais crônicas, consulte um nefrologista quanto antes para identificar qual é o mais indicado para o seu caso. Esse conselho também é válido para quem desconfia que tem problemas nos rins e está com sintomas incômodos.
Na consulta, o médico analisará a sua saúde, pedirá exames complementares e, caso seja necessário, orientará o método mais adequado para o grau da sua condição.
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