Os testes de função renal são essenciais para investigar, acompanhar e/ou tratar sintomas de alterações no funcionamento dos rins. Alguns deles fazem parte dos check-ups de rotina, conduzidos por ginecologistas, urologistas, pediatras, geriatras ou clínicos gerais. Outros, mais aprofundados, são solicitados pelos nefrologistas, conforme o quadro clínico de cada paciente.
Neste artigo, explicamos quais são, como funcionam e quem deve realizar exames para diagnosticar doenças renais. Continue a leitura e saiba mais a respeito!
Quais são os principais testes de função renal?
Os testes de função renal são exames feitos a partir da coleta de pequenas amostras de sangue e urina. Aliás, você sabia que até mesmo as análises laboratoriais de rotina podem revelar indícios de problemas no órgão?
Isso acontece porque as quantidades de diversas substâncias presentes no organismo estão, direta ou indiretamente, ligadas ao funcionamento dos rins. Afinal, tratam-se dos órgãos que atuam, entre outras funções vitais, na filtragem do sangue e eliminação de toxinas.
Exame de urina
Alguns indícios de mau funcionamento dos rins são detectáveis por meio da análise da urina do paciente. Na prática, o exame de urina pode revelar a presença de:
- proteinúria (excesso de proteínas);
- hematúria (presença de sangue);
- células de pus;
- glicose;
- e gordura.
Além disso, a variação na quantidade de algumas substâncias também fornece indícios de alterações no funcionamento renal. São elas:
- cálcio;
- fósforo;
- ácido úrico;
- oxalato;
- citrato;
- sódio;
- creatinina;
- e diversos ácidos.
Mas, é importante ter em mente que o mau funcionamento dos rins não será necessariamente detectável pela urina. Por isso, também é necessário realizar um exame de sangue.
Exame de sangue
O hemograma completo ajuda a compreender como está o funcionamento dos rins. Para isso, o médico se atenta às dosagens de:
- creatinina;
- ureia;
- glicose;
- ácidos;
- sódio;
- potássio;
- cloreto;
- cálcio;
- fósforo;
- colesterol;
- bicarbonato;
- proteínas;
- CO2.
Outros exames
Além dos testes de função renal laboratoriais, muitas vezes, para diagnosticar doenças e determinar seu estágio, é preciso realizar exames complementares. Geralmente, tratam-se dos exames de imagem radiológicos, como ultrassonografia, tomografia computadorizada, entre outros. Além disso, em alguns casos, é preciso fazer biópsia.
Quem deve fazer testes de função renal?
Qualquer um pode desenvolver problemas nos rins. No entanto, os testes de função renal costumam ser indicados, com mais frequência, para os chamados grupos de risco — ou seja, pessoas com mais chances de desenvolvê-los. São eles:
- diabéticos ou pessoas com histórico familiar de diabetes;
- hipertensos ou pessoas com histórico familiar de pressão alta;
- pessoas com doença renal conhecida ou histórico familiar da mesma;
- idosos (pessoas com mais de 60 anos);
- fumantes;
- obesos;
- quem fez ou faz tratamento prolongado com medicamentos analgésicos;
- indivíduos com má formação do trato urinário diagnosticada.
Mas, atenção: a realização de testes de função renal também é recomendada para todos que apresentam um ou mais sintomas de mau funcionamento nos órgãos. Isso vale, inclusive, para quem não faz parte de nenhum dos grupos citados.
Para saber mais a respeito, sugerimos esta leitura: A importância do check-up renal
Quais são os principais sinais e sintomas de disfunção renal?
Os sinais e sintomas de disfunção renal costumam se apresentar apenas em estágios avançados e são, em sua maioria, inespecíficos. As manifestações mais frequentes são:
- alterações nos hábitos urinários, em relação ao volume (aumento ou ausência),fluxo (velocidade do jato) e características da urina (cor, odor e aparência);
- infecções urinárias de repetição;
- dor ao urinar, que não melhora com o tempo;
- inchaço nas pernas, tornozelos, pés, mãos e/ou ao redor dos olhos;
- fadiga constante;
- palidez, devido à anemia;
- pressão alta;
- perda do apetite;
- náuseas e/ou vômitos recorrentes;
- secura e coceira generalizada na pele;
- dor lombar, concentrada em um dos lados e, geralmente, irradiada para a virilha.
Para se aprofundar no assunto, confira: Como saber se eu tenho alguma disfunção renal
Quais são os desafios para o diagnóstico de doenças renais?
O diagnóstico de doenças renais, muitas vezes, pode ser desafiador. Isso porque, a maioria dos casos de problemas renais permanece assintomática por meses ou até anos.
Infelizmente, muitas pessoas ainda têm uma atitude reativa em relação à própria saúde. Tratam-se daqueles que só procuram um médico quando percebem algum problema — o que é um grande erro.
A insuficiência renal crônica, por exemplo, pode começar de forma silenciosa e permanecer assim por muitos anos. Mas, quando diagnosticada tardiamente, a saúde e a qualidade de vida da pessoa já estão muito prejudicadas.
Por outro lado, se diagnosticada e tratada cedo, pode-se evitar muitos problemas para o paciente, além de facilitar para os familiares. Sem falar que os custos com tratamentos nos estágios finais da doença são muito mais altos do que nos iniciais, detectados precocemente.
Como os check-ups médicos periódicos favorecem a saúde?
Como mostrado, existem diversos indícios silenciosos de problemas renais, os quais podem ser percebidos por meio dos testes de rotina. Dessa maneira, quem faz os check-ups médicos com a periodicidade adequada tem mais chances de diagnosticar e tratar, precocemente, alterações no funcionamento dos rins.
E não só isso: os exames de rotina também possibilitam o diagnóstico de outras doenças que, se não tratadas, pode afetar os mais variados órgãos, incluindo os rins. É o caso, por exemplo, do diabetes e da hipertensão arterial.
Agora que você sabe quais são os principais testes de função renal, não se descuide. Realize-os periodicamente e, em caso de alterações, siga as orientações do especialista!
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