Os rins policísticos (também chamados de doença renal policística) são um distúrbio hereditário. Ele se caracteriza pelo surgimento de muitos cistos em ambos os órgãos. Esses aumentam de tamanho, gradualmente, e destroem o tecido normal, provocando sintomas leves a intensos e, muitas vezes, comprometendo a função renal.
Neste artigo, explicamos as causas e mostramos os principais sintomas dessa síndrome. Veja, também, como são feitos o diagnóstico e o tratamento. Boa leitura!
Quais são as causas dos rins policísticos?
Os rins policísticos ocorrem devido a um defeito genético. Esse é provocado por um gene dominante ou por dois genes recessivos.
No primeiro caso, ocorrido em uma em cada 400 a 1000 pessoas, os sintomas demoram a surgir, manifestando-se somente na vida adulta. Já no segundo, bastante raro, os sinais surgem ainda na infância.
Conforme a idade avança, os cistos (bolsas cheias de líquido) aumentam de tamanho. Ao mesmo tempo, isso leva à redução do fluxo sanguíneo nos rins e a um processo de cicatrização nas suas paredes internas, devido aos sangramentos. Como consequência, os rins podem:
- infeccionar;
- formar cálculos;
- desenvolver doença renal crônica.
Por vezes, os cistos decorrentes do defeito genético também podem ocorrer em outras partes do organismo. Nesses casos, os órgãos mais acometidos são o pâncreas e o fígado.
Quais são os sintomas da doença?
Quando a doença tem origem recessiva, os cistos se tornam muitos e aumentam de tamanho rapidamente, expandindo o volume abdominal. Além disso, as crianças acometidas, normalmente, desenvolvem hipertensão entre os cinco e dez anos.
Já em sua forma dominante, os cistos se desenvolvem lentamente, tanto em quantidade como em dimensão. Assim, os sintomas demoram mais para aparecer, surgindo, em geral, na faixa dos 20 anos. Porém, existem quadros tão leves que a pessoa passa a vida toda sem identificar a doença.
Portanto, os rins policísticos de origem autossômica dominante podem causar sintomas leves, que passam despercebidos, ou provocar:
- dor nos flancos ou no abdômen;
- hematúria (presença de sangue na urina);
- proteinúria (presença de espuma na urina, devido à perda de proteínas);
- aumento da frequência urinária;
- infecção do trato urinário;
- hipertensão arterial;
- sensação de fadiga e/ou náuseas constantes;
- febre que perdura por semanas;
- cólicas renais (quando há formação de cálculos).
Além disso, podem ocorrer complicações. Estima-se que um terço dos portadores da forma dominante da síndrome podem desenvolver:
- hérnias abdominais;
- diverticulose;
- problemas nas válvulas cardíacas;
- aneurismas cerebrais;
- acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Por fim, vale destacar que a doença renal policística não é um fator de risco para o câncer de rim. Porém, a presença de tantos cistos pode dificultar a identificação de tumores malignos no órgão, retardando um eventual diagnóstico de câncer.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico dos rins policísticos é feito por meio de exames de imagem. Os mais realizados são:
- ultrassonografia dos rins;
- tomografia computadorizada dos rins;
- ressonância magnética dos rins.
Exames genéticos também podem ser solicitados pelo especialista. Eles permitem aos portadores dessa condição conhecerem a probabilidade de transmiti-la a seus filhos. Uma vez que um dos pais a possui, a chance de os genes defeituosos se perpetuarem nos descendentes é de 50%.
Na ausência de sinais, a suspeita de doença renal policística pode surgir após exames de imagem feitos com outras motivações. Porém, não há nenhum tratamento indicado antes da ocorrência de sintomas.
Outro ponto importante: ter um ou mais cistos renais isolados não é um indicativo da doença. Os chamados cistos simples aparecem nos rins da maioria dos idosos e não costumam gerar nenhum problema clínico.
Como é o tratamento dos rins policísticos?
O tratamento dos rins policísticos consiste no alívio dos sintomas e das complicações ligadas à doença. Por exemplo: cistos muito grandes e dolorosos podem ser drenados (aspirados).
Ao mesmo tempo, a hipertensão deve ser controlada com medicação, assim como as infecções das vias urinárias e os cálculos precisam ser tratados. E, como mais da metade dos pacientes desenvolve insuficiência renal ao longo do tempo, nesses casos, é necessário fazer diálise ou um transplante renal.
Para concluir, gostaríamos de reforçar que pacientes com rins policísticos não só podem como deve ter uma boa qualidade de vida. Mas, para isso, precisam receber os cuidados de um bom especialista e contar com uma infraestrutura de ponta. Se estiver em Florianópolis, SC, procure a Clinirim e seja tratado como nos melhores centros de nefrologia do mundo!
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