O transplante renal é o tratamento para pacientes com doença renal crônica avançada. Quem indica a necessidade de realizá-lo é o nefrologista, baseando-se nos resultados de análises clínicas e exames de imagem. Ao mesmo tempo, considera a idade, o controle das comorbidades e outros fatores ligados ao sucesso do procedimento.
Neste artigo, explicamos mais sobre a terapia renal substitutiva. Continue a leitura e tire suas dúvidas!
Quando o transplante renal é indicado?
O transplante de rim é indicado em casos de insuficiência renal crônica irreversível. Isso pode ocorrer em pessoas de todas as idades.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),quando comparada à diálise peritoneal e à hemodiálise, o transplante renal proporciona uma maior sobrevida. Além disso, a qualidade de vida também é melhor.
Em caso de idosos, com mais de 70 ou 80 anos, a recomendação para o procedimento considera não apenas o fato de os “livrar” da diálise. É preciso que sejam saudáveis no geral e tenham uma boa rede de apoio.
É necessário fazer diálise antes do procedimento?
Depende. Se o paciente for tratado desde a fase inicial da doença, o transplante renal pode ser “programado” para a fase avançada. Para isso, no entanto, é preciso encontrar um doador vivo (parente ou não).
No entanto, na maioria das vezes o problema é diagnosticado em estágios já avançados, pois a doença renal crônica costuma ser silenciosa. Nesses casos, não há tempo hábil para programar o procedimento, sendo necessário começar o tratamento pela diálise. Enquanto isso, os pacientes precisam aguardar na lista de doadores de rins ou receber um rim compatível de um doador vivo.
Como o transplante de rim é realizado?
Para realizar um transplante renal, muitas vezes, não é preciso retirar o rim que não funciona. Isso só é feito em casos de hipertensão ou quando o órgão está provocando infecções de repetição.
Assim, o órgão doado é colocado na região da pelve do receptor, por meio de uma incisão média, sendo conectado aos seus vasos sanguíneos e à bexiga. Uma vez transplantando, espera-se que o novo rim passe a filtrar o sangue e a eliminar as impurezas por meio da urina.
Como fica a qualidade de vida do transplantado?
O transplante de rim proporciona uma melhor qualidade de vida ao paciente, permitindo-o ter uma vida normal e ativa. Afinal, não é preciso ir às frequentes sessões de diálise, deixando sua rotina mais próxima do normal.
O transplantado precisa, apenas, ir regularmente às consultas de acompanhamento pós-procedimento. Também é necessário tomar os medicamentos que previnem a rejeição ao órgão recebido, os chamados imunossupressores.
Sem esse cuidado, corre-se o risco de perder o rim transplantado. Além disso, pode ocorre uma série de complicações.
Por outro lado, o uso dos imunossupressores exige cuidados. Isso porque, como essas medicações diminuem a imunidade, o paciente fica mais propenso a adquirir infecções (virais e bacterianas).
Quanto tempo dura o rim transplantado?
O rim transplantado pode durar décadas. Porém, não existe uma regra. Alguns fatores fazem com que o funcionamento do órgão seja aquém do esperado. É o caso, por exemplo:
- da quantidade de transfusões sanguíneas realizadas;
- de já ter realizado um ou mais transplantes renais anteriormente;
- de intercorrências durante a operação;
- do uso inadequado dos medicamentos imunossupressores;
- do acometimento por infecções urinárias ou obstruções na via de saída da urina;
- de rejeições agudas ou crônicas; entre outras situações.
Ainda assim, a maioria desses problemas pode ser tratada, com o objetivo de evitar uma nova falência renal. Para isso, no entanto, é imprescindível fazer o acompanhamento pós-transplante corretamente.
Existem contraindicações à realização do transplante de rim?
Sim. Como em qualquer procedimento cirúrgico, as contraindicações formais se referem às condições de saúde do paciente. Assim, o transplante renal não é indicado para portadores de:
- doenças graves no fígado;
- doenças cardiovasculares graves;
- doenças infecciosas descontroladas (como hepatite C avançada);
- câncer;
- desnutrição grave.
Além disso, pacientes com histórico de abuso de drogas ou álcool, distúrbios psiquiátricos e/ou falta de estrutura de apoio familiar podem não ser bons candidatos à cirurgia. Isso porque, seu comportamento pode comprometer a correta administração da medicação, bem como a realização do acompanhamento de rotina pós-transplante.
Assim, o transplante renal é indicado pelos nefrologistas individualmente, considerando uma série de critérios. Tudo isso, para que o procedimento seja bem-sucedido e traga consigo todas as melhorias que o paciente merece!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. Mas, se ainda restarem dúvidas, sinta-se à vontade para nos perguntar: entre em contato pelo site, ligue (48 3333-2975) ou, se preferir, mande sua mensagem pelo WhatsApp (48) 99952-6171.
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