Os tratamentos para insuficiência renal (redução parcial ou total da função dos rins) é definido pelo nefrologista, baseado em uma série de fatores. A estratégia visa reverter ou retardar a progressão da doença, assim como aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Neste artigo, mostramos como é a abordagem da insuficiência renal aguda e crônica, além de citarmos os tipos de suporte renal artificial existentes. Falamos, também, sobre as vantagens de associar terapêuticas complementares. Confira!
Como são os tratamentos para insuficiência renal?
Depende do tipo de insuficiência renal e das condições apresentadas por cada paciente. Em um quadro de insuficiência renal aguda (IRA), que evolui rapidamente, mas é temporário e passível de cura, é preciso fazer diálise.
Já quando se trata de um quadro crônico (IRC),conhecido por ser lento, progressivo e irreversível, pode-se recorrer ao tratamento conservador ou dialítico. Saiba mais a seguir.
Tratamento para insuficiência renal aguda
O tratamento para insuficiência renal aguda exige a realização de diálise (filtragem do sangue em uma máquina). Além disso, são feitas restrições alimentares e líquidas (para evitar o acúmulo de toxinas) e, dependendo do quadro, indicações medicamentosas (antibióticos, diuréticos, cálcio, insulina, entre outros). No mais, é preciso abordar o problema de base, tais como:
- doenças renais preexistentes, como obstrução renal, pielonefrite ou glomerulonefrite aguda;
- uso de eventuais medicamentos nefrotóxicos, que devem ser substituídos;
- comorbidades relacionadas, como insuficiência cardíaca grave;
- sepse (infecção generalizada),choque circulatório, entre outras condições graves.
Os cuidados exigem internação hospitalar. Ao término o paciente recupera sua função renal, sendo considerado curado. Assim, a dieta pode voltar ao normal, mas é altamente recomendado manter bons hábitos alimentares e adotar hábitos de vida saudáveis, para evitar futuras complicações.
Tratamento para insuficiência renal crônica
Os tratamentos para insuficiência renal crônica variam conforme o estágio da doença. Em fases iniciais, indica-se a abordagem conservadora, por meio de mudanças na dieta, controle de líquidos e uso de medicamentos que reduzem a proteinúria e/ou melhorem os sintomas.
Necessita-se, também, controlar a glicemia, os níveis de colesterol e a pressão arterial, comumente descompensadas, bem como parar de fumar. Pode ser preciso, ainda, tratar distúrbios associados, como queda nos níveis de cálcio e de vitamina D, aumento nos níveis de fósforo e do paratormônio-PTH, entre outros.
Em fases avançadas, quando o paciente apresenta cerca de 15% da função renal, é necessário suporte renal artificial, ou seja, deve-se fazer diálise regularmente. Outra possibilidade é a realização de um transplante renal.
Diferente da IRA, na IRC o tratamento é contínuo. No entanto, ainda que não tenha cura, é possível controlar a doença, aliviar os sintomas e ter uma boa qualidade de vida.
Como funciona o suporte renal artificial?
O suporte renal artificial (SRA),antigamente chamado de terapia renal substitutiva (TRS),consiste no uso de uma máquina para substituir a função dos rins. Ele é indicado para o tratamento da insuficiência renal aguda ou crônica grave e pode ser feito por:
- hemodiálise convencional, realizada em clínicas ou hospitais especializados em nefrologia, ou na versão home care;
- diálise peritoneal, realizada na residência do paciente, podendo ser automática ou contínua (troca e remoção do líquido manuais);
- hemodiafiltração (ou terapia high volume HDF),considerada um avanço da hemodiálise convencional, oferecida em clínicas de referência, como a Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, em Florianópolis, SC.
Quando são necessárias terapêuticas complementares?
Manter um acompanhamento especializado multidisciplinar é bastante recomendado, principalmente, no tratamento da insuficiência renal crônica, pois favorece o convívio com a doença. Assim, além do nefrologista, outros profissionais podem ajudar na melhora do paciente.
Na maioria das vezes, o time interdisciplinar é composto pelo nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e/ou assistente social, escalados conforme a necessidade individual. Além deles, é possível contar com terapeutas especializados em fitoterapia (medicamentos cujos ativos provêm de plantas ou vegetais),acupressão (tipo de acupuntura sem agulhas),entre outras técnicas.
Para concluir, o tratamento para insuficiência renal é definido pelo nefrologista com base nos resultados de diversos exames e nas condições clínicas de cada paciente. Como mostrado, em alguns casos basta tomar medicamentos e realizar algumas mudanças na dieta, mas, em outros, a filtração do sangue se faz indispensável.
Em caso de dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. A equipe da Clinirim está à sua disposição!