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O risco de doença renal é maior em idosos

Atualizado em: 15/06/2022 | Publicado em: 15/06/2022
O risco de doença renal é maior em idosos

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    O envelhecimento, por si só, é um fator de risco para a ocorrência da doença renal em idosos, entre muitas outras doenças crônicas não transmissíveis. Ela tende a surgir, justamente, em decorrência de comorbidades comuns na terceira idade, como diabetes e hipertensão — as quais podem levar ao comprometimento dos rins.

    Neste artigo, mostramos quais são as principais causas da prevalência de problemas renais em idosos. Explicamos, também, porque o acompanhamento médico regular e multidisciplinar é imprescindível para quem tem 60 anos ou mais. Boa leitura!

    Como é a incidência da doença renal em idosos?

    doença renal crônica (DRC) provoca a perda progressiva e irreversível da função dos rins. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),essa condição acomete uma em cada dez pessoas no mundo — e esse número tende a aumentar.

    Vale destacar, ainda, que entre 30 a 50% dos doentes renais têm mais de 65 anos de idade. Ou seja, trata-se de uma incidência bastante alta.

    Quais são as doenças dos rins mais comuns em idosos?

    As doenças dos rins que mais afetam os idosos são as infecções do trato urinário e as glomerulopatias. É importante esclarecer que, quando diagnosticadas em seus estágios iniciais, as doenças renais podem ser controladas ou, até mesmo, retardadas.

    No entanto, nessa fase elas não costumam gerar sinais e sintomas específicos ou significativos. Isso faz com que muitas pessoas sejam diagnosticadas, somente, quando as alterações já se encontram avançadas.

    Nesses casos, o problema pode evoluir para insuficiência renal crônica (IRC),cujo tratamento exige a realização de hemodiálises, diálise peritoneal ou transplante renal. Atualmente no Brasil, ainda de acordo com a SBN, há mais de 140 mil pacientes fazendo diálise — boa parte deles, idosos.

    Quais são as causas da doença renal em idosos?

    A doença renal em idosos se deve a alterações anatômicas e fisiológicas. Essas podem estar associadas, ou não, a comorbidades e/ou, a sequelas do uso contínuo de certos medicamentos, como anti-inflamatórios. Ou seja, diferente do que muitos imaginam, não se tratam de mudanças normais do envelhecimento.

    Sendo assim, é possível reduzir as chances de ocorrência da doença renal em idosos. Para tanto, deve-se prevenir ou controlar seus principais fatores de risco:

    • diabetes mellitus;
    • as dislipidemias (níveis elevados de lipídios/gordura no sangue) e
    • hipertensão arterial.

    Além disso, é preciso fazer os exames de rastreamento periódico, como exames de urina, de glicemia e a dosagem de creatinina sérica. A aferição regular da pressão arterial, principalmente, em paciente hipertensos, diabéticos e/ou com histórico familiar para as referidas doenças, também é imprescindível.

    Ao mesmo tempo, deve-se adotar um estilo de vida saudável, o qual ajuda tanto a prevenir essas comorbidades, como a mantê-las sob controle. Nesse sentido, recomenda-se:

    • minimizar a adição de sal e de açúcar nos alimentos e nas bebidas;
    • beber bastante água, inclusive, sem estar com sede;
    • comer mais comida “de verdade” (como frutas, verduras, legumes, carnes magras, grãos e cereais integrais);
    • comer menos alimentos processados e evitar os ultraprocessados (bolachas recheadas, salgadinhos, achocolatados, refrigerantes, pratos prontos congelados, etc.);
    • parar de fumar definitivamente;
    • praticar atividades físicas regularmente;
    • manter o peso corporal estável e dentro do índice de massa corpórea (IMC) recomendado;
    • prestar atenção na cor e no aspecto da urina;
    • não tomar medicações sem prescrição médica;
    • vacinar-se anualmente contra a gripe (influenza),tomar a antipneumocócica após os 65 anos e, caso ainda não esteja, imunizar-se contra a hepatite B.

    Por que é importante ter um acompanhamento especializado na terceira idade?

    Ter um acompanhamento médico regular a partir dos 60 anos é indispensável. Tal cuidado deve ser individualizado e centrado no paciente, conduzido por um time multidisciplinar de especialistas, com geriatra, nutricionista, educador físico, cardiologista e, também, o nefrologista. Afinal, como mostrado, o risco de lesão nos rins aumenta nessa fase, sendo necessário adotar uma série de medidas nefroprotetoras.

    Na prática, cabe ao nefrologista avaliar a saúde do órgão, solicitando, periodicamente, exames de sangue e de urina. Dessa maneira, eventuais alterações podem ser identificadas precocemente, facilitando o tratamento e contribuindo para o bem-estar e qualidade de vida do paciente. Portanto, agora que você sabe que o risco de desenvolver doença renal em idosos é maior, não se descuide!

    Caso haja alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato para que possamos ajudar. E se você gostou deste conteúdo, aproveite para seguir a Clinirim no Facebook e Instagram e fique por dentro de tudo sobre saúde renal!