Entender o que leva à insuficiência renal é indispensável para quem tem propensão a desenvolver a doença, como os hipertensos e os diabéticos. Afinal, a partir da compreensão sobre essa condição, pode-se buscar maneiras de preveni-la e ter mais qualidade de vida.
Por isso, neste artigo mostramos o que leva à insuficiência renal e quais são os seus principais sintomas. Veja, também, como se prevenir e como é o tratamento quando a complicação já está instalada. Boa leitura!
Como é a incidência da insuficiência renal?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), uma em cada 10 pessoas têm doença renal crônica (DRC). A incidência do problema aumenta, significativamente, durante o envelhecimento, sendo mais recorrente em idosos.
O estágio “final” da DRC é, justamente, conhecido como insuficiência renal. Nessa fase, o paciente necessita de suporte renal artificial (SRA) ou de transplante renal.
Vale destacar que o número de pessoas com insuficiência renal vem aumentando ao longo dos anos. Atualmente, estima-se que existam mais de 130 mil pacientes em diálise no Brasil.
Para saber mais, leia: Número de pacientes em diálise cresceu 100% na última década no Brasil
Mas afinal, o que leva à insuficiência renal?
Antes de explicarmos o que leva à insuficiência renal, é importante saber mais sobre esta doença. Ela é caracterizada pela redução, parcial ou total, da capacidade dos rins de filtrar o sangue. Como consequência, há o acúmulo de substâncias que se tornam tóxicas para o organismo, como a creatinina e a ureia.
Assim, a insuficiência renal ocorre como consequência de outras doenças e é dividida em dois tipos: aguda e crônica. Conheça-as a seguir.
Insuficiência renal aguda
A insuficiência renal aguda é caracterizada pela redução ou perda total da capacidade renal de forma rápida, mas temporária. O que leva à sua ocorrência são complicações de outras doenças, tais como:
- infecção nos rins, causadas por bactérias que entram no canal urinário, cujo tratamento consiste no uso de antibióticos;
- obstrução renal, devido à presença de cálculos, coágulos, hiperplasia prostática benigna (HPB), tumores, entre outras causas, levando à diminuição do canal que leva a urina dos rins à bexiga;
- glomerulonefrite aguda, inflamação da estrutura dos rins que faz a filtragem do sangue, podendo ocorrer após uma infecção.
Depois de identificar a causa, o nefrologista irá indicar um tratamento para que o paciente recupere a sua função renal. Mas, enquanto isso não ocorre, pode-se recomendar a filtragem do sangue de forma artificial, por meio de diálise.
Após a recuperação, suspende-se o tratamento dialítico e é possível voltar à rotina. Entretanto, é preciso rever hábitos e adotar medidas para cuidar da saúde dos rins, conforme a orientação do nefrologista.
Insuficiência renal crônica
Agora que você já sabe o que leva à insuficiência renal aguda, vamos falar sobre a insuficiência renal crônica. Nesses casos, a redução ou perda total da capacidade renal ocorre gradualmente, de forma lenta, progressiva e irreversível. Por isso, o paciente precisa realizar diálise de forma regular, para reduzir os sintomas do acúmulo de toxinas e ter mais qualidade de vida.
Assim como nos casos agudos, diversas doenças podem provocar insuficiência renal crônica. As mais comuns são:
- cálculos renais frequentes, ou seja, formação de pequenas pedras que reduzem a capacidade de funcionamento dos rins;
- pielonefrite crônica, infecções renais recorrentes, podem levar à perda permanente da função de filtragem;
- câncer de rim, pois durante o avanço da doença, ocorre a destruição das células saudáveis e, consequentemente, a perda da capacidade de filtrar o sangue;
- hipertensão arterial e/ou diabetes descompensados, devido à sobrecarga exercida nos rins de portadores dessas comorbidades.
Quais são os sintomas da doença?
De forma geral, a insuficiência renal não apresenta sintomas nos seus graus mais leves. Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão muito comprometidos. Nesses casos, as principais manifestações são:
- alterações nos hábitos urinários;
- cansaço;
- anemia;
- perda óssea;
- inchaço;
- perda de apetite;
- pressão alta.
Para saber mais, confira o artigo: Quais são os sinais e sintomas da insuficiência renal?
Como prevenir sua ocorrência?
Tão importante quanto saber o que leva à insuficiência renal, é buscar maneiras de prevenir a doença. Para isso, deve-se ter bons hábitos de vida, o que inclui:
- fazer o controle da pressão arterial e dos níveis de glicemia no sangue;
- cessar o tabagismo definitivamente;
- manter uma dieta balanceada, conforme a prescrição do nutricionista;
- praticar atividades físicas regularmente.
Também é importante fazer os check-ups médicos periódicos (com o ginecologista ou o urologista). O check-up renal, especificamente, é indicado para todas as pessoas a partir de 40 anos e deve ser feito uma vez por ano.
Mas, em caso de histórico pessoal ou familiar de infecções, cálculos e/ou outros problemas renais, o acompanhamento com o nefrologista deve começar antes. Dessa forma, pode-se prevenir doenças renais ou, quando já instaladas, diagnosticá-las de forma precoce, prevenindo ou retardando a ocorrência da insuficiência renal.
Como é o tratamento da insuficiência renal?
O tratamento da insuficiência renal é feito em hospitais e clínicas especializadas em diálise. Na Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis, SC, oferecemos uma estrutura completa para atender pacientes nessa condição. Aqui é possível realizar:
- hemodiálise (convencional ou domiciliar);
- diálise peritoneal (convencional ou automática);
- hemodiafiltração (HDF).
Agora que você sabe o que leva à insuficiência renal, cuide dos seus rins para evitar esse tipo de complicação. Entretanto, caso já tenha sido diagnosticado, procure um centro de referência em nefrologia para ajudá-lo a conviver com a doença da melhor forma possível!
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato para que possamos ajudar!