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O que é fístula para hemodiálise?

Atualizado em: 05/10/2023 | Publicado em: 02/10/2023
O que é fístula para hemodiálise?

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    Fístula para hemodiálise é uma conexão entre artéria e veia criada cirurgicamente, geralmente, feita no braço ou antebraço. O procedimento aumenta o calibre e a espessura do vaso sanguíneo que será puncionado, inúmeras vezes, durante o tratamento. Ou seja, aumenta seu fluxo e resistência, favorecendo sua realização.

    Neste artigo, explicamos mais sobre esse tipo de acesso vascular permanente. Continue a leitura e veja como é feito e quais são os cuidados necessários.

    Quando é preciso fazer uma fístula arteriovenosa?

    A fístula arteriovenosa (FAV) deve ser realizada em pacientes com insuficiência renal crônica avançada. Nessa fase, devido ao comprometimento da função renal, necessita-se de hemodiálise de forma permanente, a qual promove:

    • a filtragem do sangue, para a eliminação das toxinas produzidas pelo organismo;
    • a manutenção do equilíbrio de água e sais minerais (como cálcio, fósforo e potássio);
    • a produção de eritropoetina (hormônio que, quando deficiente, leva à anemia);
    • a regulação da pressão arterial; entre outros benefícios.

    Para se aprofundar no assunto, confira o artigo: “Como funciona a hemodiálise?

    Quais são os preparativos para confeccioná-la?

    Recomenda-se que o membro (braço ou, por vezes, perna) que será submetido ao procedimento seja preservado para o mesmo. Com isso, deve-se evitar manipulá-lo para a coleta de exames ou infusão de medicações, realizando as punções, preferencialmente, nas veias do dorso das mãos.

    Além disso, caso seja preciso iniciar as sessões de hemodiálise antes do acesso estar pronto, indica-se implantar um cateter temporário no pescoço, tórax ou virilha. Este deve ficar do lado oposto ao local programado para a confecção da FAV.

    Como é a confecção da fístula para hemodiálise?

    Quem confecciona a fístula para hemodiálise é o cirurgião vascular. O procedimento é simples e consiste na junção de uma artéria a uma veia, sendo realizado sob anestesia local, com ou sem sedação.

    Algumas semanas após o procedimento, o nefrologista avalia se a FAV está madura o suficiente para ser conectada à máquina de hemodiálise. Caso esteja, uma bomba retira o sangue do paciente, levando-o para a filtragem no dialisador — o qual remove as impurezas em excesso e o devolve limpo ao organismo.

    Quais são os cuidados relacionados à FAV?

    Após o procedimento, o paciente irá apresentar o chamado frêmito da fístula, um evento considerado normal. Trata-se de uma vibração sentida à palpação, em decorrência da turbulência do fluxo sanguíneo no local onde foi feita a conexão entre artéria e veia.

    Em relação aos cuidados, recomenda-se que o membro com a fístula para hemodiálise:

    • não seja usado para coletar sangue;
    • não seja usado para medir a pressão arterial;
    • não sirva de apoio para dormir;
    • não carregue peso, nem faça esforços;
    • não utilize relógio;
    • não receba pomadas ou cremes sem prescrição médica;
    • não use pulseiras de identificação de hospitais.

    Além disso, é preciso adotar algumas medidas de higiene simples, com o intuito de prevenir infecções. Assim, deve-se limpar a pele sobre a FAV com água e sabão neutro sempre antes de iniciar a sessão de hemodiálise.

    Ao término, deve-se manter o curativo de quatro a seis horas. Em caso de inchaço, recomenda-se deixar o membro elevado.

    Se houver hematomas (manchas roxas provocadas pelo acúmulo de sangue sob a pele) na área, faça compressas frias nas primeiras 24 horas. Nos dias seguintes, as compressas devem ser mornas.

    Durante o banho, lave o braço e a FAV normalmente. Depois, seque-o, cuidadosamente, com uma toalha limpa. Tome cuidado para não remover eventuais crostas formadas na região.

    Indica-se, ainda, a realização de exercícios de compressão com bola de borracha. O ato de abrir e fechar as mãos por 15 minutos, pelo menos, três vezes ao dia, ajuda a manter o bom funcionamento do acesso.

    Por que o procedimento é necessário?

    A FAV é importante para o sucesso do tratamento, bem como para a segurança do paciente. Isso porque, o acesso vascular oferece menos risco de complicações (como infecção e trombose venosa profunda) do que o uso de cateter venoso.

    Vale destacar que, entre todos os tipos de acessos para conexão do paciente à máquina de hemodiálise, a FAV é a que mais se aproxima do ideal. Seu uso aumenta a sobrevida e melhora a qualidade de vida dos indivíduos com insuficiência renal crônica avançada.

    Existem contraindicações ao procedimento?

    Sim. Alguns pacientes com comorbidades graves não são bons candidatos ao procedimento. É o caso, por exemplo, dos portadores de doenças cardíacas ou pulmonares graves, cânceres avançados, entre outras condições.

    No entanto, a indicação, ou não, para a confecção da fístula para hemodiálise fica a cargo da equipe de especialistas, sendo avaliada de maneira individualizada. Caso não possa ser realizada, o nefrologista responsável indicará outras formas de viabilizar a terapia de substituição da função renal com segurança.

    Esperamos que o artigo tenha esclarecido suas dúvidas. No entanto, se ainda restarem questões, sinta-se à vontade para entrar em contato por telefone (48 3333-2975) ou WhatsApp e nos perguntar. A equipe da Clinirim está à disposição!

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.