A hemodiálise é um tratamento indicado para pacientes que sofrem de doenças renais, o que faz com que o corpo não consiga filtrar o sangue do jeito que deveria, deixando-o com impurezas que fazem mal para a saúde.
Dessa forma, essa terapia consiste no uso de uma máquina que faz a remoção do sangue, sua limpeza e retorna-o para o corpo, substituindo a função do rim. Apesar de não ser um tratamento de alto risco, para a sua realização é necessário que o paciente vá até uma unidade de saúde.
Quer saber mais sobre hemodiálise? Então continue lendo o nosso artigo e tire todas as suas dúvidas sobre esse tratamento.
O que é a hemodiálise?
Já comentamos que a hemodiálise é um tratamento que substitui a função dos rins, mas, para a entender mais profundamente, é essencial compreender a função desse órgão no corpo humano.
O sangue é um tecido especial formado por diversas células e que percorre o corpo inteiro, desde a cabeça até os pés, por isso, ele é utilizado para fazer o transporte de substâncias, tanto as que são essenciais para a vida, como o oxigênio, quanto as que fazem mal excessivamente, como é o caso do:
sódio: pode causar sede, confusão, espasmos musculares e convulsões;
potássio: pode causar cansaço, desmaios e arritmias cardíacas;
ureia: pode causar náuseas, vômitos, tosse, batimentos irregulares, dificuldade para respirar e coma;
creatinina: pode causar confusão mental, inchaço nas pernas e braços, sensação de falta de ar e cansaço.
O rim age para eliminar todas essas impurezas do sangue, deixando elas na urina para serem retiradas do corpo. Quando esse órgão não funciona como deveria, a filtragem não é tão eficaz, o que pode causar todos os sintomas citados acima, sobrecarregando o organismo.
A hemodiálise, então, é um tratamento para quem tem doenças renais graves, tanto de forma aguda quanto de forma crônica.
Quando a hemodiálise é indicada?
Nem todo paciente com problema renal precisa fazer a hemodiálise. Para definir se esse tratamento é realmente necessário, o médico especializado no rim, chamado nefrologista, irá pedir uma bateria de exames para analisar a quantidade das substâncias citadas acima no sangue e a quantia de urina produzida em um dia.
Em alguns casos, recomenda-se o uso de medicamentos para ver se há a estabilização da patologia. Caso não, recomenda-se a filtração do sangue.
Como é esse tratamento?
Para que ocorra a filtragem do sangue, é colocado um pequeno acesso em um dos vasos sanguíneos. Com a ajuda de uma bomba, retira-se uma parte do sangue do corpo e passa por uma máquina, chamada dialisador, que conta com uma solução que retira as impurezas e devolve o sangue para o paciente por outro acesso.
Esse acesso pode ocorrer de diferentes formas. Nos pacientes que farão hemodiálise de forma pontual ou esporadicamente, por exemplo, há a colocação de um pequeno tubo. Retira-se ele após o tratamento.
Já para quem precisa fazer com frequência há duas opções:
cateter de hemodiálise: colocação de um acesso em uma veia da virilha, do pescoço ou tórax, para isso, utiliza-se anestesia local.
fístula arteriovenosa: acesso que exige uma pequena cirurgia para unir uma artéria com uma veia, tornando o vaso sanguíneo mais resistente para as punções.
Vale ressaltar que, normalmente, o cateter de hemodiálise é uma solução temporária, até realizar-se a fístula arteriovenosa.
Quanto tempo a hemodiálise dura?
O tempo exato da diálise dependerá diretamente do estado do paciente e da sua doença, mas, conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em geral, as sessões duram até quatro horas e devem ser feitas de três a quatro vezes por semana.
Há casos em que o paciente precisa fazer diariamente. Apenas um nefrologista poderá definir corretamente o número de sessões por semana e o tempo previsto para cada uma de acordo com o estado de saúde de cada paciente.
A hemodiálise dói?
Uma das perguntas mais comuns entre os pacientes que precisam realizar a hemodiálise é se esse procedimento dói ou traz algum incômodo. A resposta dessa pergunta depende de muitas fatores. Um exemplo é o tipo de acesso, a saúde do paciente e a quantidade para retirar de líquido do corpo na sessão.
Geralmente, quando esse processo é feito por meio da fístula arteriovenosa, o único desconforto que o paciente sente é o furo da agulha para a criação do acesso, mas é leve e momentâneo.
No entanto, veja o que pode acontecer quando há muito sangue para remover
queda da pressão arterial;
dores de cabeça e
câimbras.
É importante ressaltar que, apesar de a hemodiálise fazer a filtragem do sangue, o paciente precisa ter cuidados pré e pós-procedimento. É necessário cuidar da alimentação, evitar o ganho de peso e ter uma vida saudável. Apenas dessa forma será possível ter um sangue limpo e não sentir os sintomas que são comuns entre os pacientes com doenças renais.
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