A hemodiafiltração (HDF) é um processo que combina hemodiálise e hemofiltração, o que aumenta a quantidade de toxinas removidas em relação aos referidos tratamentos individuais. Devido à sua alta capacidade de filtração, trata-se de uma alternativa indicada para pacientes com risco aumentado para doenças cardiovasculares.
Neste artigo, explicamos como funciona e para quem esse tipo de terapêutica de substituição renal é mais indicada. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
O que é hemodiafiltração?
Como mencionado, a hemodiafiltração (ou terapia high volume HDF) é um tratamento que combina as técnicas de hemodiálise e de hemofiltração no mesmo procedimento. Isso faz com que as substâncias de baixo peso molecular, como a ureia e a creatinina, sejam removidas pelo transporte difuso, como ocorre na hemodiálise convencional.
Já os solutos maiores (moléculas pesadas) são retirados por meio de transporte convectivo, como acontece na hemofiltração. Assim, graças à combinação dos mecanismos de difusão e convecção, todas as toxinas são eliminadas!
Na prática, isso significa que a HDF não apenas filtra o sangue, mas promove sua limpeza minuciosa, muito acima dos níveis alcançados nos processos realizados individualmente. Para isso, a terapêutica utiliza infusões de água ultrapura em grandes volumes (soluções estéreis de substituição) e membranas sintéticas mais permeáveis (dialisadores de alto fluxo).
Para quem o tratamento é indicado?
Nem todas as pessoas que realizam hemodiálise precisam fazer hemodiafiltração. A terapêutica é indicada, especificamente, para pacientes renais associados a fatores de risco para doenças cardiovasculares, uma vez que eles tendem a acumular toxinas urêmicas na circulação sanguínea.
Antigamente, havia a preocupação de que os grandes volumes empregados no processo pudessem levar a uma hemoconcentração excessiva e, consequentemente, a elevadas pressões transmembranas (PTM). Porém, hoje em dia, a tecnologia utilizada na HDF avalia essas condições de maneira automatizada, diretamente dentro do filtro, várias vezes por minuto.
Tudo isso possibilita que os volumes de substituição possam ser maximizados individualmente, com toda a segurança. Dessa forma, trata-se do tratamento padrão em hemodiálise cardioprotetora!
Quais são seus principais benefícios?
Dada a sua elevada capacidade de filtração, a hemodiafiltração possibilita:
- um menor risco hipotensivo intradialítico (queda da pressão arterial) durante as sessões;
- a menor probabilidade de surgirem complicações durante o tratamento;
- a notável melhora da disposição para realizar as tarefas do dia a dia;
- uma redução considerável dos custos gerais do tratamento, referentes à necessidade de hospitalização por diferentes razões;
- o aumento da expectativa de vida, com redução do risco de mortalidade por infecção, por acidente vascular cerebral (AVC) e por outras causas;
- a correção da anemia, do perfil lipídico, de inflamações, entre outras alterações;
- mais bem-estar e qualidade de vida para os pacientes renais crônicos.
Onde realizar HDF em Florianópolis?
Na Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis, SC, disponibilizamos a hemodiafiltração entre as possibilidades de tratamento de substituição dos rins. Nossa máquina de HDF é a 5008S CorDiax, da Fresenius Medical Care. Nela, a filtragem do sangue é tão simples e segura quanto na hemodiálise convencional, não exigindo qualquer interação adicional por parte do paciente.
Para tanto, os volumes de substituição são automaticamente maximizados e o acesso venoso é continuamente monitorado. Em relação ao último, vale destacar que isso possibilita a detecção precoce de um eventual deslocamento da agulha, minimizando o risco de perda sanguínea externa.
Cabe explicar que, uma vez que altos fluxos sanguíneos precisam ser aspirados, o monitoramento do acesso venoso é um recurso de segurança essencial. Altamente sensitivo e dinâmico, ele identifica quedas pequenas e/ou súbitas de pressão venosa e arterial. Ao mesmo tempo, também mostra variações de pressão anormais em relação ao perfil prévio do paciente.
Dessa forma, se o alarme da máquina for emitido, a bomba de sangue interrompe sua atividade imediatamente e o grampo venoso é fechado. Assim, os enfermeiros podem tomar as devidas providências frente às mudanças críticas de pressão em tempo oportuno e de maneira apropriada.
Na Clinirim, reunimos não apenas as mais modernas tecnologias médicas, mas um corpo clínico multidisciplinar altamente especializado e em contínua atualização. Dessa maneira, conseguimos cuidar, apoiar e promover o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes renais!
Caso ainda haja alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos à disposição!