A tuberculose é uma doença provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch),a qual pacientes imunossuprimidos são mais suscetíveis. Mas, além do conhecido acometimento pulmonar, você sabia que ela também pode infectar outros órgãos? É o caso, por exemplo, da tuberculose urinária.
Neste artigo, explicamos como ocorre esse tipo de tuberculose extrapulmonar e quais suas consequências. Veja, também, como são feitos o respectivo diagnóstico e tratamento, bem como onde realizá-los em Florianópolis, SC. Boa leitura!
O que é tuberculose urinária?
O Brasil é o 16º país com maior incidência da tuberculose. Estima-se que, atualmente, um terço de toda a população mundial esteja infectada com a doença, embora apenas 10% apresentem sintomas. Isso se deve, justamente, à atuação do sistema imunológico — que, com exceção dos imunossuprimidos, é bastante eficaz em impedir o avanço da infecção.
A tuberculose é transmitida pelo ar e sempre começa pelos pulmões, porém, como explicado, pode se espalhar por todo o organismo. Muitas pessoas não desenvolvem a versão ativa da doença, vivendo normalmente. Mas, em momentos de queda da imunidade, as bactérias voltam a se multiplicar.
São nesses casos que costumam ocorrer algum tipo de tuberculose extrapulmonar, como a tuberculose urinária. Também chamada de tuberculose urogenital (ou tuberculose genitourinária),a doença acomete o trato urinário e/ou genital, sendo duas vezes mais comum nos homens.
Vale destacar que casos de tuberculose extrapulmonar não são transmissíveis. A transmissão ocorrerá somente se o paciente apresentar tuberculose pulmonar ativa.
Quais são os fatores de risco para a doença?
Além de ter entrado em contato com as secreções aéreas de alguém com tuberculose pulmonar ativa, os principais fatores de risco para a tuberculose urinária são:
- ter idade avançada;
- viver em condições de vulnerabilidade social (como moradores de rua e presidiários);
- ser diabético;
- estar em tratamento quimioterápico;
- ser soropositivo (portador do vírus HIV);
- ser alcoólatra;
- ter realizado algum transplante de órgão;
- ter insuficiência renal crônica.
Quais são os sintomas do problema?
Quando presentes, os sintomas da tuberculose urinária costumam se assemelhar aos da infecção urinária. Entre os sinais, destacam-se:
- dor ao urinar;
- presença de sangue na urina (hematúria);
- micção noturna frequente;
- dor lombar ou nos flancos;
- cólica renal.
Se não for tratada, a tuberculose urogenital pode provocar deformidades graves no sistema urinário e/ou genital. Como as primeiras manifestações clínicas costumam demorar (em média, entre 5 e 30 anos),o diagnóstico tende a ser tardio. Com isso, podem ocorrer sequelas graves, inclusive, a insuficiência renal terminal.
Como é o diagnóstico e o tratamento?
A tuberculose urinária é difícil de diagnosticar. Isso porque, diferentemente das secreções da tuberculose pulmonar, na qual a densidade dos bacilos de Kock é alta, na amostra de urina ela é baixa.
Portanto, a identificação da doença depende de outros elementos. Para realizá-la, é preciso isolar a M. tuberculosis na cultura de urina. Por vezes, a urografia intravenosa (UIV),também chamada de pielografia intravenosa, um exame de imagem geniturinário, ajuda a orientar o diagnóstico. Outros possíveis métodos indiretos são o PCR e o teste ELISA.
O tratamento da tuberculose urinária é semelhante ao da pulmonar. Para pacientes acima de dez anos, o Ministério da Saúde recomenda um esquema com quatro medicamentos na fase intensiva, mantidos por dois meses. Na fase de manutenção, é preciso tomar dois medicamentos, ao longo de mais quatro meses.
Além disso, o acompanhamento a posteriori. A realização de ultrassonografia renal, a cada seis meses, por dois anos, é necessária para verificar se não houve progressão das lesões para obstrução intra-renal e ureteral.
Assim, ainda que seja uma condição pouco comum, a tuberculose urinária é uma hipótese diante sintomas urinários crônicos, principalmente, se houver histórico de infecção pulmonar. Portanto, caso note alguma alteração nos hábitos miccionais ou nas características da urina, procure um nefrologista.
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