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Doenças renais causam redução do desejo sexual?

Publicado em: 21/10/2024
Doenças renais causam redução do desejo sexual?

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    redução do desejo sexual é um dos sintomas provocados por doenças renais crônicas (DRC),principalmente, em estágios avançados. Pacientes em tratamento dialítico, muitas vezes, têm que lidar com transtornos psicológicos e complicações clínicas (de anemia a distúrbios neurológicos). Tudo isso compromete sua função sexual e qualidade de vida.

    Neste artigo, mostramos como as DRC podem afetar a sexualidade e o que pode ser feito para contornar o problema. Continue a leitura e saiba mais!

    As doenças renais crônicas causam redução do desejo sexual?

    Sim, as DRC, principalmente, avançadas, provocam a redução do desejo sexual. Por isso, pacientes com insuficiência renal podem desenvolver problemas como disfunção erétil, anomalias menstruais e queda da libido. Além disso, também podem ter problemas de fertilidade e dificuldade para gerar filhos.

    Mas, quais são as causas dos referidos distúrbios? Sabe-se que os desequilíbrios hormonais decorrentes da DRC, como a hiperprolactinemia, o hipogonadismo, as alterações no hipotálamo, entre outros, afetam as funções sexuais e reprodutivas. Ao mesmo tempo, fatores físicos (como anemia, fadiga e indisposiçãoe psicológicos (como estresse, distúrbios de sono, ansiedade e depressão) também levam à redução do desejo sexual.

    Há, ainda, o impacto dos fatores psicossociais, como o isolamento social, a possível perda do vínculo laboral, as dificuldades financeiras, entre outros. Como se sabe, esses também prejudicam o interesse sexual.

    Qual é a incidência da disfunção sexual em pacientes renais?

    Estima-se que a disfunção sexual varie de 9%, em doentes renais pré-dialíticos, a 70%, entre aqueles em diálise. O distúrbio, vale destacar, afeta tanto pacientes renais homens como mulheres.

    Assim, a redução do desejo sexual é algo bastante frequente no tratamento das DRC. De acordo com estudos de metanálise, pode-se dizer que a incidência geral da disfunção sexual em pacientes renais é de cerca de 50%, sendo 51,4% entre os homens e 47,4% entre as mulheres.

    Disfunção sexual em pacientes renais homens

    No caso da disfunção erétil masculina, o problema ocorre entre 21% e 43% dos pacientes em diálise e transplantados. A impotência sexual, vale destacar, é resultado da característica multissistêmica da doença renal, a qual envolve fatores endócrinos, vasculares e neurogênicos.

    Além disso, a presença de comorbidades comuns, como a hipertensão arterial, o diabetes e a hipercolesterolemia, também contribui para o problema. Soma-se, ainda, o peso da fadiga, do estresse, da depressão, entre outros fatores coadjuvantes, que afetam a ereção.

    Disfunção sexual em pacientes renais mulheres

    Entre as mulheres que necessitam de suporte renal artificial, os sintomas depressivos são os mais associados à redução do desejo sexual. Nesse cenário, as principais complicações relatadas são a dor pélvica e o distúrbio orgástico grave. Além disso, no caso das pacientes com amenorreia, é comum apresentar atrofia e ressecamento vaginal, o que leva à dispareunia (dor na penetração).

    De que maneira o acompanhamento interdisciplinar pode ajudar?

    Como mostramos, as causas dos distúrbios sexuais em pacientes renais são resultantes de um complexo multifatorial. Nessa perspectiva, a preservação da função sexual é muito importante, pois está relacionada à melhora da qualidade de vida.

    Para chegar lá, a estratégia de abordagem da redução do desejo sexual deve ser individualizada e interdisciplinar. Entre as principais medidas, recomenda-se:

    • alimentar-se de maneira saudável e balanceada, seguindo as orientações do nutricionista;
    • não fumar e evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
    • controlar as comorbidades, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, entre outras;
    • atentar-se às escolhas medicamentosas, pois certos anti-hipertensivos, diuréticos, protetores da mucosa gástrica, antidepressivos, entre outros, podem provocar disfunção erétil;
    • fazer um acompanhamento psicológico, para conseguir encarar, de uma forma mais positiva as mudanças na rotina e eventuais limitações;
    • fazer terapia sexual, de preferência, junto da(o) parceira(o),para compreenderem a situação e encontrarem formas de contorná-la;
    • usar lubrificantes vaginais adequados, no caso das mulheres;
    • usar estimulantes sexuais orais, no caso dos homens, quando indicados (sempre respeitando a prescrição médica);
    • recorrer a outros recursos para reabilitação sexual, como aparelhos de vácuo (vacuoterapia),injeções penianas ou próteses penianas, se necessário, visando melhorar a qualidade das ereções;
    • realizar um tratamento de fertilidade, caso haja dificuldade para gerar filhos naturalmente, como a fertilização in vitro (FIV).

    Para concluir, uma vez que as DRC costumam provocar a redução do desejo sexual, é importante contar com um time multidisciplinar de especialistas. Dessa forma, pode-se adotar medidas para contornar o problema e melhorar a qualidade de vida!

    Ficou com alguma dúvida? Entre em contato para podermos ajudar. A equipe da Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis, SC, está à sua disposição!

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.