Conhecer os estágios da doença renal crônica (DRC) possibilita prevenir possíveis complicações, como o surgimento ou agravamento de comorbidades, permitindo aos especialistas intervirem oportunamente. Além disso, ajuda a avaliar a progressão do quadro e a necessidade de iniciar o suporte renal artificial (SRA) — também conhecido como terapia renal substitutiva.
Neste artigo, mostramos as características de cada fase da DRC. Explicamos, ainda, a importância de escolher uma clínica de referência para acompanhá-lo desde a descoberta da doença. Boa leitura!
Quais são os estágios da doença renal crônica?
Os estágios da doença renal crônica são definidos conforme a taxa de filtração glomerular (TFG). A TFG permite descobrir como os rins estão funcionando, por meio da análise da filtragem da creatinina sérica (substância encontrada no sangue). Mas, para resultados precisos, é necessário considerar, também, a idade, o gênero e a etnia do paciente.
Assim, em uma pessoa com os rins funcionando normalmente, o valor da TFG deve ser superior a 90 mL/min/1,73 m². Abaixo disso, o indivíduo tem alguma disfunção renal, cujo diagnóstico depende de exames de imagem e de urina.
Considera-se portadora de DRC qualquer pessoa que apresente TFG inferior a 60 mL/min/1,73 m² por, pelo menos, três meses consecutivos. Isso vale para todos, independentemente das causas do problema.
A classificação dos pacientes por estágios da doença renal crônica facilita a estruturação do tratamento, o qual pode ser conservador ou dialítico. Por conta disso, ela é determinada logo após o diagnóstico.
Estágio 1
O estágio um é caracterizado pela TFG acima ou igual a 90 mL/min/1,73 m², acompanhada de alterações nos exames de imagem e/ou de sangue (como proteinúria). Nesta fase, os rins ainda estão filtrando como deveriam, mas já apresentam anormalidades, ainda que assintomáticas.
Tratam-se, portanto, dos casos mais simples. Ainda assim, é preciso evitar os fatores de risco que potencializam sua evolução, como o sobrepeso e o descontrole da glicemia e da pressão arterial.
Para prevenir o agravamento do quadro e as complicações associadas, recomenda-se melhorar os hábitos de vida, por meio da:
- ingestão hídrica suficiente;
- alimentação saudável e equilibrada;
- prática regular de atividades físicas e
- cessação do tabagismo.
Estágio 2
O estágio dois é definido pela diminuição da TFG, a qual fica entre 60 a 89 mL/min/1,73 m². Nesta fase, os rins já não conseguem fazer a filtragem como deveriam e deixam impurezas no sangue, mas ainda não provocam sintomas perceptíveis.
Trata-se de um quadro mais comum em idosos, visto que, com o envelhecimento, é comum haver mudanças na filtragem do sangue. Nesses casos, é imprescindível controlar a quantidade de proteínas, reduzir a ingestão de fósforo, potássio e sódio e, às vezes, tomar suplementos para diminuir as toxinas no sangue. Também é preciso fazer o acompanhamento com o nefrologista periodicamente.
Estágios 3A e 3B
O estágio três se divide em dois subtipos: A e B. O estágio 3A é caracterizado pela TFG entre 45 a 59 mL/min/1,73 m². Nesta fase, há o início dos sintomas da insuficiência renal, tais como:
- alterações nos hábitos urinários;
- cansaço excessivo;
- anemia e
- perda de massa óssea.
O estágio 3B é ainda mais sério, com a TFG entre 30 a 44 mL/min/1,73 m². Normalmente, ocorrem os mesmos sintomas do estágio 3A, mas de forma mais severa.
Em ambos os casos, é preciso adequar a dieta, principalmente, para reduzir a ingestão de sódio e proteínas. Além disso, muitas vezes é necessário ingerir medicamentos que auxiliam os rins a funcionar e/ou retiram o excesso de impurezas do sangue.
Estágio 4
O estágio quatro já é considerado crítico. Ele se caracteriza pela TGF entre 15 a 29 mL/min/1,73 m² e pelos sintomas mais intensos, consequência do acúmulo de impurezas no sangue. Além das manifestações citadas, o paciente pode apresentar desnutrição, acúmulo de líquidos no organismo e hipertensão arterial.
Nesses casos, ainda se utiliza o tratamento conservador, combinando medicamentos a mudanças de hábitos. Mas, caso a TFG esteja inferior a 20 mL/min/1,73 m², pode-se iniciar o suporte renal artificial, ou seja, fazer a filtração artificial do sangue.
Dependendo do quadro individual, o nefrologista indica a realização de hemodiálise ou de diálise peritoneal. Depois, é preciso confeccionar o acesso vascular para dar início ao tratamento.
Estágio 5
O estágio cinco é a última fase da DRC, quando a TFG está abaixo de 15 mL/min/1,73 m². Apesar de ser chamado de estágio terminal, o paciente pode ter uma vida longa, desde que realize o tratamento e faça o acompanhamento médico adequado.
Neste caso, ele apresenta insuficiência renal e, portanto, necessita do suporte renal artificial, seja por meio de hemodiálise ou de diálise peritoneal. Pode ser preciso, também, fazer a suplementação de calcitrol, eritropoietina e sulfato ferroso.
Para saber como está a demanda por diálise, leia: Número de pacientes em diálise cresceu 100% na última década no Brasil
Ao mesmo tempo, recomenda-se evitar alimentos ricos em sódio e controlar a ingestão de líquidos, bem como os níveis de fósforo e potássio. Isso ajuda a aliviar a intensidade dos sintomas (como náuseas, falta de apetite, coceira, fadiga, inchaço, pressão alta e pouca ou nenhuma micção) e melhora a qualidade de vida.
Por que é importante se tratar em uma clínica de referência?
Contar com a estrutura de um centro de referência em saúde renal favorece o prognóstico do paciente, independentemente do estágio no qual se encontra. Isso porque, esses locais reúnem:
- um corpo clínico multidisciplinar e altamente especializado;
- equipamentos e tecnologias médicas de última geração;
- ambientes acolhedores e atendimentos humanizados;
- condições higiênico-sanitárias adequadas;
- assistência imediata em caso de intercorrências.
Ao longo do tempo, o nefrologista avalia a evolução do paciente e, se necessário, promove os ajustes necessários. Para isso, ele considera as queixas (decorrentes dos sintomas) e os resultados dos exames (clínicos e laboratoriais) periódicos.
Vale destacar que nas instituições de alto padrão, pode-se ter acesso ao melhor tratamento para as suas necessidades. A hemodiafiltração (HDF), conhecida como hemodiálise cardioprotetora, por exemplo, é encontrada apenas em centros de referência.
Para saber mais a respeito, confira este artigo: Tudo sobre a hemodiálise cardioprotetora (HDF) e para quem é indicada
Onde tratar a DRC em Florianópolis?
Na Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis, SC, é claro! Aqui, oferecemos todo o suporte para os tratamentos conservadores e o que há de mais moderno, seguro e eficiente para quem necessita de suporte renal artificial, incluindo:
- hemodiálise convencional;
- hemodiálise domiciliar (home care);
- diálise peritoneal convencional;
- diálise peritoneal automática e
- hemodiafiltração.
Agora que você conhece os estágios da doença renal crônica, lembre-se que o tratamento é contínuo e que é preciso seguir as recomendações em cada fase. Se precisar de ajuda, conte com o apoio da equipe da Clinirim. Afinal, nosso propósito é oferecer cuidados efetivos, promovendo bem-estar bio-psico-social e qualidade de vida para todos os pacientes renais!
Ficou com alguma dúvida? Sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos à sua disposição!