Diálise peritoneal automática (DPA) é uma opção terapêutica para quem apresenta insuficiência renal crônica — quando a função do rim precisa ser substituída artificialmente. Diferentemente da hemodiálise, cujo filtro fica na máquina, nela a filtragem do sangue é feita no próprio peritônio, uma membrana abdominal natural.
A seguir, esclarecemos os principais pontos a respeito desse tratamento, bem como as diferenças em relação à diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC). Confira!
O que é diálise peritoneal automática?
A diálise peritoneal automática é uma técnica de tratamento para doenças renais avançadas, que permite a substituição do processo de filtragem do sangue. Ao contrário da hemodiálise, onde se retira o sangue para remover as impurezas, na DPA a filtragem ocorre no corpo do paciente, com o auxílio do peritônio.
O peritônio é uma membrana fina e porosa, que fica em contato com os principais órgãos abdominais, na área denominada cavidade peritoneal. Para realizar a filtragem, um líquido de diálise (dialisato) é aplicado na região através de um tubo flexível.
Esse líquido consegue interagir com algumas substâncias (como a creatinina, o potássio e a ureia) e com o excesso de líquidos que o rim não consegue filtrar. Posteriormente, ocorre a drenagem desses e outros compostos.
Vale destacar que, uma vez iniciado o tratamento, o paciente nota uma melhora significativa dos sintomas apresentados, como indisposição, falta de apetite, náuseas, cansaço, entre outros. Tudo isso reflete, positivamente, no seu bem-estar e qualidade de vida!
Qual é a diferença em relação à DPAC?
A explicação acima serve para as duas técnicas de diálise peritoneal: automática e ambulatorial contínua. O que muda entre elas é a forma da aplicação e drenagem do líquido de diálise.
No caso da diálise peritoneal ambulatorial contínua esse processo ocorre manualmente, sendo realizado pelo paciente, por um familiar ou por um profissional da saúde. Normalmente, há quatro trocas por dia: de manhã, na hora do almoço, à tarde e à noite.
Mas é preciso esclarecer que, quando falamos que o processo ocorre manualmente, não significa que a aplicação do líquido é feita diretamente no paciente (com uma injeção, por exemplo). O responsável deve, apenas, trocar as bolsas que são ligadas ao cateter fixo no abdômen.
Já na diálise peritoneal automática, a troca ocorre por meio de uma máquina cicladora, a qual efetua tanto a infusão quanto a drenagem do dialisato. Em geral, esse processo é realizado à noite, enquanto o paciente dorme.
Para isso, basta fazer a conexão do cateter com a máquina, que deverá estar ligada a uma bolsa de líquido para diálise. A drenagem, por sua vez, ocorre com uma linha de saída, que deve ir para um ralo ou para um recipiente rígido.
Quais são os benefícios da diálise peritoneal automática?
A grande vantagem da diálise peritoneal, em relação à hemodiálise convencional, está na possibilidade de fazer o tratamento em casa. Dessa forma, não é preciso ir ao centro de nefrologia diversas vezes por semana, o que traz mais conforto para o paciente e seus familiares.
Além do mais, como o cateter é fixo, a realização do tratamento é indolor, pois não é necessário fazer novas punções a cada nova sessão. Em relação ao desconforto abdominal devido à presença do líquido, o incômodo tende a desaparecer com o tempo.
Fora isso, o risco de infecções diminui consideravelmente. Estudos mostram que pacientes que fazem diálise peritoneal em casa têm menores taxas de internação hospitalar.
Já o principal diferencial da DPA, quando comparada à DPAC, é a possibilidade de o paciente ter uma rotina sem grandes limitações. Isso inclui benefícios como poder trabalhar fora de casa, pois as trocas do líquido são feitas no período noturno.
Assim, as idas à clínica ou ao hospital se limitam às consultas de rotina, cuja periodicidade é definida pelo nefrologista. Nesses encontros, também são coletadas as amostras (sangue e urina) para fazer os exames necessários.
Em quais casos o tratamento é indicado?
A diálise peritoneal automática pode ser recomendada para pacientes com insuficiência renal grave, seja temporária (chamada de insuficiência renal aguda) ou permanente (insuficiência renal crônica). Para iniciar o tratamento é preciso ter a indicação de um nefrologista.
Esse especialista avalia o paciente com base no resultado de exames que mostram:
- as dosagens de ureia, potássio, creatinina e ácidos no sangue;
- o volume total de urina produzida em 24 horas;
- a avaliação de anemia (por meio do hemograma, dosagem de ferro e saturação de ferro e ferritina);
- e o cálculo da porcentagem de funcionamento dos rins (clearance de creatinina e ureia).
Uma vez indicada, cabe ao nefrologista determinar, ainda, uma série de detalhes que favorecem o sucesso da terapêutica. É o caso, por exemplo:
- do volume de líquido a ser colocado;
- do tempo que o mesmo deve ficar no organismo;
- da quantidade de sessões por dia.
Onde realizar diálise peritoneal automática em Florianópolis?
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