De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 10% da população mundial apresentam algum tipo de disfunção renal. Se não for diagnosticada e tratada adequadamente e em tempo oportuno, pode provocar um impacto severo na vida cotidiana do portador, prejudicando-a em diversos âmbitos.
Neste artigo, trouxemos mais informações sobre o assunto e mostramos formas de prevenir o problema, de modo a aumentar a conscientização a respeito. Se você quer passar bem longe das crescentes estatísticas de nefropatias, continue a leitura e saiba o que pode ser feito!
O que é considerado disfunção renal?
O termo “disfunção” se refere aos desvios de função de um órgão ou de um sistema. Portanto, considera-se como disfunção renal o funcionamento inadequado de um ou ambos os rins. Esses são responsáveis por filtrar o sangue, eliminar toxinas e regular várias funções no organismo (como manter o equilíbrio de minerais, liberar hormônios e ativar a vitamina D).
A disfunção renal, vale destacar, pode ocorrer em pessoas de todas as idades, embora seja mais frequente em idosos. Quanto à forma como surge, ela pode ser aguda ou crônica.
Disfunção renal aguda
Na forma aguda, a doença renal ocorre subitamente e, se tratada, têm cura. É o caso:
- das infecções urinárias (de origem bacteriana, que podem acometer a uretra, a bexiga e os rins);
- da obstrução do trato urinário (devido a cálculos, cistos, pólipos, tumores, hiperplasia da próstata, entre outros problemas);
- e da glomerulonefrite (inflamação dos glomérulos, estruturas responsáveis por filtrar o sangue nos rins).
Disfunção renal crônica
Quando crônica, a disfunção resulta de uma doença que se desenvolve silenciosamente (sem apresentar sintomas específicos),de forma lenta e progressiva. Geralmente, não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. São exemplos:
- cálculo renal (devido ao excesso de minerais no sangue);
- pielonefrite crônica (infecção renal recorrente);
- câncer renal (neoplasia cuja maioria dos casos se deve a hábitos de vida não saudáveis).
Quais são os fatores de risco para a sua ocorrência?
Os fatores de risco para a ocorrência de doenças renais são diversos. Os principais são as infecções urinárias recorrentes, a ingestão insuficiente de água, não se alimentar bem, ser sedentário, fumar e ingerir álcool com frequência. Há, também, o uso constante de medicações nefrotóxicas, como alguns analgésicos.
Além disso, o histórico familiar (primeiro grau) para doenças renais e o histórico pessoal de cálculos ou de cistos renais também aumentam o risco de desenvolver nefropatias. O mesmo vale para quem tem diagnóstico de hipertensão, diabetes, obesidade, doença cardíaca, lúpus ou câncer.
Como saber se tenho alguma disfunção renal?
Quando se trata da saúde dos rins, aguardar o surgimento de sinais e sintomas para buscar ajuda especializada atrasa o tratamento, prejudicando o prognóstico. Afinal, esses indicativos de problemas costumam se manifestar apenas em estágios moderados ou avançados.
Dessa forma, para a população geral, a melhor maneira de identificar uma disfunção renal precocemente é por meio da realização dos exames de rotina. Esses são solicitados no acompanhamento periódico, conduzido pelo ginecologista, urologista, clínico geral, pediatra ou geriatra, conforme o sexo e a idade do paciente.
Se os resultados sugerirem alterações no funcionamento dos rins, o médico responsável fará o encaminhamento para o nefrologista, o especialista na área. Esse, por sua vez, continuará a investigação — o que possibilita identificar se existe alguma disfunção renal.
Já para a população que possui fatores de risco para problemas renais, recomenda-se visitar o nefrologista e realizar o check-up renal periodicamente. Nesses casos, costuma-se solicitar testes específicos para verificar a função renal, incluindo exames laboratoriais (de sangue e urina),exames de imagem radiológicos e, por vezes, biópsia renal.
É possível prevenir o seu desenvolvimento?
Muitas vezes, sim! Para prevenir a ocorrência de disfunção renal, deve-se adotar hábitos de vida saudáveis e não tomar medicamentos por conta própria.
Tão importante quanto isso é ir ao médico e fazer os check-ups com a periodicidade adequada, de acordo com o recomendado para você. E, quando presentes, deve-se tratar as comorbidades adequadamente. Com isso, é possível mudar ou controlar os fatores de risco associados ao problema, favorecendo a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar!
Esperamos que o conteúdo tenha sido claro e conscientizador. Para continuar se informando a respeito, siga a Clinirim nas redes sociais: estamos no Facebook e Instagram!