Muita gente se questiona como saber se é dor na lombar ou no rim. Para começo de conversa, trata-se de dores totalmente diferentes. Enquanto a lombalgia é bastante comum e costuma ser provocada por problemas na coluna, a dor renal é menos incidente e, geralmente, decorrente de infecções ou cálculos.
Neste artigo, além de aprender a diferenciá-las, você irá entender o que a dor no rim pode indicar e descobrir quando é preciso procurar um nefrologista. Boa leitura!
Como saber se é dor na lombar ou no rim?
Para solucionar essa questão, o primeiro passo é entender as diferenças entre a dor lombar e a dor renal. Saiba mais a seguir.
Dor na lombar
A lombalgia, geralmente, resulta de problemas no sistema musculoesquelético, relacionados à má postura. Assim, pode ter origem nas vértebras, discos, músculos ou ligamentos da parte inferior da coluna vertebral.
Quando presente, ela limita a realização de diversas atividades e prejudica o bem-estar e a qualidade de vida. Porém, não há outros sintomas associados, como febre ou vômitos. O que ocorre, às vezes, é a sua irradiação para as pernas, com ou sem dormência.
Os principais fatores de risco para sua ocorrência são os desvios posturais, o sedentarismo, o sobrepeso, o envelhecimento e até o estresse. Suas causas, quase sempre, tendem a ser multifatoriais.
Além disso, outra característica essencial desse tipo de dor é que ela piora com o movimento e alivia com o repouso. E, por vezes, esse quadro se arrasta por longos períodos, durando meses ou mesmo anos. Nesse caso, trata-se da dor lombar crônica, cuja ocorrência é mais comum em idosos.
Dor nos rins
Os rins ficam localizados paralelamente à coluna vertebral. Eles se encontram no fundo da cavidade abdominal, protegidos pelas costelas posteriores, ou seja, bem na altura da coluna lombar. Daí a “confusão” sobre “como saber se é dor na lombar ou no rim”.
A dor renal costuma ser difusa e mal definida. Ela tanto pode ser sentida na região lombar e em um dos lados dos flancos e da virilha, assim como em regiões mais distantes. Entre as suas principais causas, destacam-se:
- cálculo renal (as chamadas pedras nos rins);
- infecção urinária ou pielonefrite (infecção renal);
- rins policísticos;
- hidronefrose (obstrução da urina);
- trombose ou isquemia renal;
- câncer de rim;
- trauma renal.
Dessa maneira, dependendo da causa, existem vários tipos de dores nos rins. A cólica renal (provocada pelas pedras nos rins),por exemplo, é uma dor excruciante no flanco ou na parte inferior das costas, que se estende para a virilha.
Ela surge de maneira repentina e não melhora com nada. Geralmente, provoca vômitos e presença de sangue na urina. A dor dura de 20 a 60 minutos e, em seguida, para, podendo retornar ou não.
Já a pielonefrite (provocada pela infecção dos rins) é uma dor unilateral e constante. Muitas vezes, associa-se a náuseas, vômitos, calafrios, mal-estar e febre.
A dor dos rins policísticos, por sua vez, é bastante semelhante à dor lombar. Tanto que se agrava quando o paciente caminha ou movimenta o tronco. Nesse caso, a dúvida sobre como saber se é dor na lombar ou no rim é bastante pertinente.
Leia também: O que são doenças renais e quais são as mais comuns?
O que a dor no rim pode indicar?
A dor no rim pode ser indício de algum problema no órgão — geralmente, em fase avançada. Isso vale, principalmente, quando há outros sinais ou sintomas associados, tais como:
- hematúria (presença de sangue na urina);
- urina espumosa, devido à proteinúria (excesso de proteínas na urina);
- edemas (inchaços) nos pés e tornozelos;
- hipertensão arterial;
- anemia;
- cansaço;
- perda do apetite;
- náuseas e/ou vômitos, principalmente, pela manhã;
- acordar para urinar durante à noite;
- não conseguir urinar.
Quando procurar ajuda médica especializada?
Como mostrado, na maioria das vezes, a dor na região lombar é fruto de problemas osteoarticulares. No entanto, se houver outros sinais ou sintomas associados, deve-se procurar um nefrologista, o médico especialista em diagnosticar e tratar doenças renais.
É preciso destacar, ainda, que a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),assim como outras instituições médicas, recomendam a realização do check-up renal de rotina. Isso vale, principalmente, para:
- hipertensos e diabéticos;
- pacientes oncológicos;
- pacientes com lúpus;
- pacientes com histórico familiar de doenças renais;
- pessoas que possuem cálculos ou cistos nos rins;
- e todos que têm mais de 40 anos.
Ou seja, deve-se visitar o especialista em rins periodicamente, mesmo sem problemas aparentes, com o intuito preventivo. Afinal, considerando que as nefropatias só manifestam sinais e sintomas relevantes em estágios já avançados, isso possibilita o diagnóstico precoce, beneficiando o paciente.
Como funciona o check-up renal de rotina?
Segundo a SBN, o rastreamento eficaz em grupos de risco é de suma importância, pois possibilita a implementação de medidas terapêuticas para retardar sua progressão. Atualmente, estima-se que existam cerca de 850 milhões de pessoas — ou seja, um em cada dez adultos — com doenças renais crônicas (DRC) no mundo.
Portanto, fazer o check-up renal é fundamental para quem tem dúvida sobre como saber se é dor na lombar ou no rim. Além disso, deve-se realizá-lo mesmo na ausência de dores, pois as doenças renais passam boa parte do tempo silenciosas, avançando sem dar sinais.
Para fazer a investigação, o nefrologista:
- realiza alguns exames físicos;
- considera a presença de comorbidades;
- avalia os hábitos de vida;
- considera o histórico clínico familiar;
- solicita exames complementares (de sangue e urina),os quais mostram como está a função renal;
- se necessário, solicita testes mais aprofundados, bem como exames de imagem.
Saiba mais em: Qual o exame para detectar problemas nos rins?
Para concluir, somente um médico tem como saber se é dor na lombar ou no rim, bem como determinar sua origem, gravidade e indicar a terapêutica adequada. Caso esteja na região de Florianópolis, SC, conte com a Clinirim. Aqui, reunimos uma equipe multidisciplinar altamente especializada em doenças renais, assim como toda a estrutura necessária para os tratamentos!
Esperamos que o artigo tenha ajudado a sanar suas dúvidas. No entanto, se ainda houver alguma questão, sinta-se à vontade para entrar em contato!