Saber como evitar a progressão da doença renal crônica (DRC) é fundamental para a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida do paciente com essa condição. Para tanto, deve-se adotar uma série de medidas, tomar medicamentos e/ou realizar outros tratamentos (terapias renais substitutivas ou transplante renal),conforme o estágio do problema.
Neste artigo, mostramos como prevenir o avanço da DRC, quais são os fatores relacionados e com que frequência o paciente deve ser reavaliado. Confira, também, quais são os indícios de piora e o que fazer nesses casos!
Como evitar a progressão da doença renal crônica?
Para prevenir o avanço da doença renal crônica, deve-se verificar o declínio da taxa de filtração glomerular (TFG) periodicamente. Isso é feito por meio da medição dos níveis de creatinina sérica, permitindo avaliar se as medidas terapêuticas adotadas estão surtindo o efeito esperado.
Assim, a expectativa de diminuição da TFG é estimada pelo nefrologista, com base nas condições de cada paciente. No entanto, a queda não deve ser maior do que 4 ml/min por ano — o que indicaria a necessidade de mudar a abordagem do problema.
Em relação a como evitar a progressão da doença renal crônica, também é imprescindível:
- manter a pressão arterial controlada;
- fazer o controle rigoroso da glicemia, especialmente, em pacientes diabéticos;
- seguir as recomendações dietéticas, prescritas individualmente pelo especialista;
- tratar eventuais comorbidades adequadamente;
- não fumar.
Quais fatores estão relacionados ao avanço da DRC?
A redução da TFG é relativamente constante no mesmo paciente, mas varia muito de um paciente para outro — o que tem relação direta com a doença de base. Dessa forma, sabe-se que:
- doenças renais túbulo-intersticiais e nefroesclerose hipertensiva evoluem mais lentamente;
- nefropatia diabética, doenças glomerulares, doença renal policística e doença renal no rim transplantado progridem mais rapidamente.
Além disso, a queda da TFG é maior em pacientes do sexo masculino e com idade avançada. Outros fatores relacionados à sua evolução são a maior proteinúria, hipoalbuminemia, hipertensão arterial descontrolada, controle glicêmico ineficaz e tabagismo.
Com que frequência o paciente renal deve ser monitorado?
Geralmente, os pacientes renais crônicos devem ser reavaliados a cada seis meses, mas não existe uma periodicidade definitiva pré-estabelecida. Sendo assim, a frequência das consultas com o nefrologista varia conforme o quadro clínico apresentado.
Entretanto, recomenda-se que a TFG seja medida, pelo menos, uma vez por ano em quadros iniciais e estáveis. Já em pacientes com TFG < 60 ml/min ou com fatores de risco para progressão acelerada devem verificá-la a cada três meses.
Quais sinais indicam que a condição renal está piorando?
Os sintomas da doença renal crônica surgem lentamente, à medida que as toxinas se acumulam no sangue. Muitas vezes, a perda leve a moderada da função renal provoca apenas noctúria (vontade de urinar várias vezes à noite).
Mas, conforme a função renal piora, pode-se apresentar cansaço excessivo, fraqueza, redução da capacidade mental, falta de apetite, náuseas, vômitos, gosto desagradável na boca e, até mesmo, dificuldade para respirar. A imunidade também é prejudicada, favorecendo o aparecimento de infecções.
Quando a perda da função renal se torna grave, surgem as dores, cãibras e espasmos musculares. Ao mesmo tempo, é comum apresentar inchaço nas pernas, sensação de formigamento nos membros, perda da sensibilidade em certas regiões, pele ressecada, coceira e/ou mau hálito. Há, ainda, quem desenvolva:
- acidose (quando o sangue fica mais ácido);
- hipercalemia (excesso de potássio no sangue);
- anemia (queda no número de glóbulos vermelhos);
- gota (devido ao aumento dos níveis de ácido úrico);
- problemas ósseos (por conta da baixa concentração de vitamina D, absorção prejudicada de cálcio, entre outros fatores);
- problemas cardíacos (devido à excreção excessiva de sal e água).
Para concluir, agora que você já entendeu como evitar a progressão da doença renal crônica, vale reforçar o papel imprescindível dos especialistas nesse processo. Pacientes que se tratam em centros de nefrologia de referência e recebem uma assistência integral têm melhores condições para prevenir agravamentos e prolongar sua sobrevida!
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