Conteúdos

Biópsia renal: indicações, como é feita e preparo

Atualizado em: 15/06/2022 | Publicado em: 15/06/2022
Biópsia renal: indicações, como é feita e preparo

    Assine a nossa newsletter

    e tenha acesso aos nossos materiais educativos diretamente na sua caixa de e-mail. Basta preencher os campos abaixo:

    biópsia renal é um procedimento médico que permite confirmar a suspeita de alguns problemas nos rins. Ela é indicada quando os demais exames, laboratoriais e de imagem, não são suficientemente claros para determinar o diagnóstico. Além disso, também pode ser solicitada para avaliar a evolução de certos tratamentos.

    Neste artigo, explicamos quando ela é indicada, como é feita e o que pode diagnosticar. Além disso, mostramos quais são os preparos necessários e como são os cuidados após o procedimento. Confira!

    Como a biópsia renal é realizada?

    A biópsia renal é feita por meio da remoção de um fragmento de tecido dos rins, orientada por ultrassonografia, para subsequente avaliação microscópica. Para isso, costuma-se inserir uma agulha fina na região lombar do paciente (técnica conhecida como biópsia renal percutânea),até alcançar o rim.

    Durante sua realização, o paciente precisa permanecer deitado de bruços. Após o ultrassom localizar o órgão, o especialista marca na pele o local que será biopsiado.

    O procedimento deve ser feito em ambiente hospitalar, com anestesia local. Ao atingir o rim, a agulha é acionada pelo médico e retira, automaticamente, uma pequena amostra.

    Quando corretamente executada, a biópsia de rim é, praticamente, indolor. O processo leva de 20 a 30 minutos. No entanto, é comum deixar o paciente internado de um dia para o outro, para assegurar que o mesmo permaneça em repouso.

    Quando o exame é indicado?

    nefrologista, médico especialista em rins, costuma solicitar a biópsia do órgão em quatro situações s. São elas:

    • para diagnosticar determinadas doenças renais;
    • para determinar a gravidade dessas doenças;
    • para monitorar um tratamento em andamento;
    • por vezes, para avaliar o transplante renal.

    O que a biópsia dos rins pode identificar?

    A biópsia pode diagnosticar problemas renais que a avaliação clínica, laboratorial e de imagem não é capaz de revelar. Assim, ela costuma ser indicada quando o médico suspeita de:

    • doenças glomerulares (também chamadas de glomerulopatias),como a glomerulonefrite (inflamação da região onde ocorre a filtragem do sangue e a formação da urina);
    • insuficiência renal aguda (condição na qual os rins param, repentinamente, de filtrar o sangue).
    • lúpus eritematoso sistêmico (doença inflamatória crônica e autoimune que afeta o funcionamento dos rins, entre outros órgãos).

    Outras possíveis indicações são alterações mostradas em exames de sangue e de urina. É o caso de alterações de creatinina acompanhadas de hematúria e/ou proteinúria (presença de sangue ou de proteínas em excesso na urina, respectivamente).

    Como se preparar para o procedimento?

    Antes da biópsia dos rins, o paciente precisa realizar uma avaliação da coagulação, por meio de um exame de sangue. Caso faça uso de medicamentos anticoagulantes, antiagregantes plaquetários ou anti-inflamatórios, é necessário suspendê-lo(s),pelo menos, com uma semana de antecedência.

    Existem contraindicações?

    Sim. A biópsia renal é contraindicada para pacientes com:

    • rins atrofiados (mostrados na avaliação ultrassonográfica);
    • com infecção urinária em curso;
    • com rins policísticos;
    • com alterações de coagulação;
    • com hipertensão não controlada;
    • com hidronefrose (obstrução das vias urinárias).

    Já para pacientes com rim único, em vez da biópsia percutânea, indica-se a biópsia aberta, a qual permite ao médico visualizar, diretamente, o órgão. Nesse caso, é preciso realizar um procedimento cirúrgico.

    Quais são os cuidados após a biópsia renal?

    Imediatamente após sua realização, deve-se ficar em repouso absoluto. Esse cuidado é necessário para reduzir o risco de sangramento. Por isso, a alta hospitalar costuma ser dada no dia seguinte ao procedimento, para aguardar a coagulação natural.

    Vale destacar que a maioria dos pacientes apresenta hematúria nos exames de urina pós-biópsia renal. Alguns, inclusive, apresentam pequenos sangramentos visíveis a olho nu. O evento é normal, não sendo motivo de preocupação.

    Uma pequena parte dos pacientes, entre 3 e 5%, porém, pode ter sangramentos importantes. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico, para controlar o problema (por meio de transfusão de sangue e/ou cirurgia).

    Nos primeiros dias após o procedimento, o paciente pode sentir um ligeiro desconforto local, o qual costuma ser bem tolerado. Para aliviá-la, o médico responsável indica algum analgésico.

    Por fim, vale reforçar que, para minimizar o risco de complicações após a biópsia renal, deve-se realizá-la com um médico experiente. Na Clinirim, centro de referência em cuidados renaislocalizado em Florianópolis, SC, reunimos profissionais altamente capacitados. Se tiver disponibilidade para vir à clínica, colocamo-nos à disposição.

    Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor, mas, se ainda houver dúvidas a respeito, sinta-se à vontade para entrar em contato. E, caso queira fazer uma avaliação individual, agende sua consulta agora mesmo!