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Alimentação e doenças renais: qual a relação?

Atualizado em: 11/09/2024 | Publicado em: 11/09/2024
Alimentação e doenças renais: qual a relação?

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    A relação entre alimentação e doenças renais é uma via de mão dupla. Isso porque, as escolhas alimentares podem tanto prevenir, como aumentar as chances de desenvolvê-las. Além disso, quando instaladas, a dieta tem um papel fundamental no manejo dessas condições, assim como na melhora da saúde e qualidade de vida.

    Neste artigo, falamos mais sobre alimentação e doenças renais, destacando o que é bom e o que deve ser evitado. Entenda, também, a importância do acompanhamento nutricional para os pacientes em tratamento. Boa leitura!

    Qual é a relação entre alimentação e doenças renais?

    Os rins são órgãos responsáveis por eliminar as toxinas do organismo. Quando sua função está prejudicada, os nutrientes em excesso acabam se acumulando, levando a complicações de saúde.

    Por isso, a atenção à alimentação faz parte dos cuidados com os portadores de doenças renais, estejam em tratamento conversador ou com suporte renal artificial (SRA). É preciso fazer escolhas alimentares conscientes.

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    Para pacientes renais, o que é bom comer? E o que é melhor evitar?

    De fato, as restrições alimentares existem. A boa notícia é que é possível comer com prazer e sem colocar a saúde em risco.

    Para tanto, deve-se acertar nas escolhas alimentares, sempre considerando o quadro clínico individual. A seguir, saiba mais sobre alimentação e doenças renais.

    Orientações dietéticas para pacientes em tratamento conservador

    Para pacientes com taxa de filtração glomerular (TFG) > 60 mL/min/1,73 m², a orientação nutricional é a mesma dada à população em geral. Basta comer de maneira variada, dando preferência a alimentos in natura e minimamente processados.

    Leia tambémO que uma pessoa com problemas renais pode comer?

    Já para pacientes com TFG < 60 mL/min/1,73 m², a alimentação adequada ajuda a retardar a progressão da doença, manter um bom estado nutricional e aliviar os sintomas. Isso exige ter uma dieta saudável e balanceada, com o cuidado de:

    • reduzir a ingestão de proteínas de origem animal (carnes, ovos e laticínios) pela metade ou eliminá-la, fazendo a suplementação (com aminoácidos essenciais e cetoácidos);
    • evitar alimentos ricos em sódio (como shoyu), potássio (como a banana) e fósforo (como sorvete, chocolate, entre outros);
    • não ingerir carambola, pois a fruta contém uma substância tóxica para portadores de doenças renais, independentemente do estágio.

    Orientações dietéticas para pacientes em tratamento dialítico

    No caso de pacientes que necessitam de SRA, as orientações são diferentes. Para eles, é permitido:

    • aumentar a ingestão de proteínas de origem animal;
    • comer frutas frescas, assim como legumes e verduras cozidos, com baixo teor de potássio, tais como maçã, pera, alface, cenoura, abóbora, brócolis entre outras.

    Por outro lado, recomenda-se que continuem evitando as opções com altos níveis de sódio, potássio e fósforo. Por exemplo: laticínios, miúdos, frutos do mar, alguns peixes (atum, salmão etc),embutidos, oleaginosas, verduras e legumes crus, frutas secas, algumas frutas frescas (como uva) e alguns grãos (como feijões). O mesmo vale para enlatados em conserva e alimentos ultraprocessados, em geral.

    Quanto à ingestão de líquidos, a indicação varia conforme a quantidade de volume urinário. Dessa maneira, pacientes em tratamento dialítico que urinam podem ingerir a quantidade relativa ao volume urinário mais 500 ml. Já pacientes que não urinam devem limitar a ingestão a meio litro por dia.

    Vale lembrar que o excesso de líquidos no organismo pode provocar problemas. É o caso do aumento da pressão arterial, da dificuldade para respirar e da presença de água nos pulmões.

    Por que o acompanhamento nutricional é importante?

    acompanhamento nutricional profissional é fundamental para os pacientes renais, pois colabora para o sucesso do tratamento. Afinal, como mostrado, a alimentação pode tanto influenciar o quadro clínico positivamente, como negativamente.

    Felizmente, se bem planejada, a dieta ajuda a melhorar o controle metabólico e estabilizar a doença — interrompendo ou, pelo menos, retardando seu avanço. Portanto, cabe ao nutricionista indicar as opções e porções alimentícias adequadas.

    Para isso, o especialista busca suprir as necessidades nutricionais e calóricas individuais, se possível, considerando as preferências de cada um, para que as refeições continuem prazerosas. Além disso, se necessário, pode indicar suplementos.

    Agora que você entendeu a relação entre alimentação e doenças renais, não deixe de buscar esse suporte. Na Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis, reunimos um corpo clínico interdisciplinar, pois sabemos que esse tipo de acompanhamento faz toda a diferença. Entre os nossos especialistas, além de nefrologistas, contamos com nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.

    Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, caso ainda haja alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Nossa equipe está à disposição!

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.