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Adulto que faz xixi na cama: cuidado!

Atualizado em: 15/08/2024 | Publicado em: 25/11/2022
Adulto que faz xixi na cama: cuidado!

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    Você sabia que, sob determinadas circunstâncias, adultos também podem fazer xixi na cama? Nas crianças e adolescentes, a perda involuntária de urina durante o sono é conhecida como enurese noturna. Nos adultos, assim como nos idosos, essa condição é chamada de incontinência urinária (IU).

    Neste artigo, mostramos as principais razões ligadas ao problema. Veja, também, quando é preciso buscar ajuda médica especializada. Boa leitura!

    O que é a incontinência urinária noturna?

    A incontinência urinária noturna (ou enurese noturna) é a perda de urina, sem que se perceba, durante o sono. Ela pode ser repentina e temporária ou se tornar crônica (duradoura).

    O problema é mais comum entre as mulheres do que nos homens. E, apesar de ser prevalente na terceira idade, não deve ser encarada como algo normal do envelhecimento.

    O que pode levar um adulto a fazer xixi na cama?

    O ato de fazer xixi na cama pode ter diversas causas, as quais, muitas vezes, ocorrem de maneira associada. Nos adultos, as mais prováveis são:

    • problemas na próstata, que estejam obstruindo o trato urinário;
    • sequelas do parto natural, que levaram à fraqueza dos músculos pélvicos.

    Outras possíveis razões são a bexiga hiperativa, que leva à necessidade súbita de urinar, e a presença de infecção do trato urinário. Além disso, o ronco excessivo e a apneia do sono também podem ter relação com o distúrbio.

    Já em idosos, uma das razões mais frequente para o xixi na cama é a perda da força no esfíncter urinário (músculo que controla o fechamento da uretra). Além disso, a condição pode estar relacionada ao Alzheimer ou a outras doenças neurológicas.

    Assim, existem diversos tipos de incontinência urinária noturna em adultos. São eles:

    • incontinência de urgência, que consiste no vazamento de urina não controlado e irreprimível, de volume moderado a grande;
    • incontinência por transbordamento, caracterizado pelo gotejamento contínuo, levando a um grande volume de perda urinária total;
    • incontinência funcional, devido ao comprometimento físico ou mental que impossibilita chegar ao banheiro rapidamente, ou seja, não vinculada ao controle da micção;
    • incontinência mista, quando a pessoa que faz xixi na cama apresenta mais de um tipo de incontinência — o que é bastante comum.

    Quando buscar ajuda médica especializada?

    Fazer xixi na cama afeta a qualidade de vida e a autoestima de adultos, muitas vezes, levando-os ao isolamento social. Os problemas incluem dermatite perineal, infecção do trato urinário, ansiedade, depressão, declínio funcional, diminuição da atividade sexual, entre outros.

    Além disso, o sintoma pode estar relacionado a doenças que, quanto antes forem diagnosticadas e tratadas, melhoram os prognósticos. Portanto, caso o episódio não tenha sido isolado, deve-se buscar ajuda médica.

    Geralmente, cabe ao urologista iniciar uma investigação aprofundada. Para isso, realiza-se uma anamnese com foco nos fatores de risco predisponentes e desencadeantes. Dessa maneira, o paciente será questionado sobre:

    • o início do problema (por exemplo, se começou após iniciar o uso de algum medicamento diurético ou aumentar a ingestão de cafeína, ou álcool);
    • a gravidade (frequência e estimativa da quantidade de urina perdida);
    • o diagnóstico de comorbidades (principalmente, as conhecidas por provocar incontinência urinária);
    • a realização de cirurgias pélvicas ou abdominais;
    • os hábitos intestinais ao longo desse período; entre outros pontos.

    Em seguida, o médico realiza os exames físicos. Esse consiste na palpação abdominal, para verificar se há distensão vesical e/ou presença de massas que estejam comprimindo a bexiga. Além disso, há os exames específicos para cada sexo.

    Investigação da incontinência urinária nos homens

    Nos homens, recomenda-se a realização do toque retal, para pesquisar o aumento da próstata, um eventual cisto ou mesmo um tumor. Essas ocorrências, por sua vez, podem levar à obstrução uretral, provocando o extravasamento de urina durante o sono. O toque retal é importante, ainda, para avaliar o tônus e o controle do esfincter, bem como o reflexo bulbocavernoso (imprescindível para a continência urinária adequada).

    Investigação da incontinência urinária nas mulheres

    Nas mulheres, realiza-se o exame ginecológico com o objetivo de localizar cistos. Procura-se, também, a presença de:

    • prolapso uterino (quando o útero sai da sua posição normal e “desce” pelo canal vaginal);
    • de atrofia vaginal (a qual deixa a mucosa vaginal mais fina e seca, comum na menopausa);
    • outras alterações.

    Exames complementares

    Por último, o especialista solicita os exames complementares. Esses podem ser laboratoriais, como os exames de urina e de sangue, e/ou de imagem, como a ultrassonografia das vias urinárias e dos rins.

    Outros exames, mais específicos, também podem ser necessários. É o caso:

    • do estudo urodinâmico;
    • da cistoscopia, seguida de biópsia vesical;
    • da urografia excretora.

    Como é o tratamento para o problema?

    Felizmente, o quadro de incontinência urinária noturna em adultos pode ser revertido. Para isso, é preciso fazer o tratamento das causas específicas, o que costuma incluir o uso de medicação.

    Ao mesmo tempo, indica-se a adoção de medidas gerais, para amenizar a inconveniência. Essas consistem em:

    • reduzir a ingestão de líquido à noite;
    • evitar o consumo de cafeína e álcool;
    • realizar fisioterapia para fortalecer os músculos do assoalho pélvico;
    • fazer o treinamento da bexiga (técnica em que há uma programação fixa para urinar durante o dia);
    • utilizar um despertador durante à noite, nos casos em que a quantidade de urina perdida é muito grande.

    O xixi na cama pode ter relação com doenças renais?

    Caso o xixi na cama apresente associação com outros sintomas, recomenda-se procurar um nefrologista. Isso porque, alterações na aparência da urina — como hematúria (presença de sangue), proteinúria (presença de espuma),mudança no odor, entre outras —, são fortes indícios de problemas renais.

    Vale reforçar que as nefropatias estão cada vez mais frequentes e, atualmente, estima-se que afetem mais de 10% da população mundial. O maior número de portadores de doenças renais tem relação direta com o aumento de pessoas com diabeteshipertensão e/ou obesidade.

    Saiba mais emO que são doenças renais e quais são as mais comuns?

    Além das referidas alterações na urina, as doenças renais provocam inchaço nos tornozelos, edema ao redor dos olhos, fraqueza constante, pressão alta, entre outros sintomas. Esses, entretanto, demoram para aparecer, fazendo com que o quadro avance muito até a pessoa notar algum problema.

    Para minimizar o risco de ter distúrbios renais, deve-se prevenir ou tratar seus fatores de risco, como os já mencionados diabetespressão alta e obesidade. Além disso, é necessário adotar um estilo de vida saudável, o que inclui:

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    Esperamos que suas dúvidas sobre adultos que fazem xixi na cama tenham sido esclarecidas. Se estiver em Florianópolis, SC, conte com os especialistas da Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial para investigar e tratar o quadro!

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    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.