A hemodiálise é indicada pelos nefrologistas (médicos especialistas em rins) como uma das alternativas terapêuticas para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave. Isso porque, ela serve para ajudar na filtragem do sangue — função desempenhada pelos rins que, uma vez comprometidos, não são capazes de realizar.
Mas, apesar do tratamento ser bastante conhecido, é comum surgirem dúvidas entre pacientes e familiares. Para ajudar, esclarecemos as principais questões a respeito. Continue a leitura e confira!
1. O que é hemodiálise?
A hemodiálise é um tratamento realizado, somente, em hospitais ou clínicas especializadas. Ela é indicada para pacientes que desenvolvem insuficiência renal aguda ou crônica grave, cujo controle com medicação não está mais sendo suficiente.
No entanto, a terapêutica não trata a doença de base (responsável pela insuficiência). Na verdade, ela substitui o papel dos rins no organismo — ou seja, realiza a filtragem do sangue.
2- Quantas pessoas a realizam?
De acordo com o último censo, realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2020, existem mais de 144 mil pacientes em diálise no Brasil (incluindo a hemodiálise). Atualmente, estima-se que esse número seja ainda maior, dada a tendência de alta nos casos de insuficiência renal crônica, principalmente, relacionados ao diabetes e à hipertensão arterial sem tratamento adequado.
3- Como o tratamento funciona?
O processo é simples: para realizá-lo, o paciente é conectado à máquina, por meio de um acesso vascular (temporário ou definitivo). Dessa maneira, seu sangue é retirado, gradualmente, enviado ao filtro (dialisador) e, em seguida, devolvido ao organismo.
Para entender melhor, veja este artigo: Como funciona a hemodiálise?
4-Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais durante ou após o tratamento, os quais, felizmente, são facilmente contornáveis. Os mais comuns são:
- cãibra;
- dor de cabeça;
- queda na pressão arterial.
5-Quanto tempo dura uma sessão?
O tempo de cada sessão, assim como o intervalo entre elas, varia conforme a necessidade de cada paciente. Geralmente, o procedimento é realizado três vezes por semana, com duração média de quatro horas por sessão.
6- Qual é a quantidade de sangue filtrada a cada sessão?
A máquina utilizada no tratamento filtra cerca de 300 ml de sangue por minuto. Como dissemos, uma sessão gira em torno de quatro horas, sendo assim, permite realizar a filtragem de até 72 litros de sangue.
7- Quem faz hemodiálise precisa realizá-la para sempre?
Depende. No caso dos pacientes com insuficiência renal aguda, a função renal ainda pode ser recuperada. Quando isso ocorre, encerra-se o tratamento.
Já para pacientes com insuficiência renal crônica avançada, os rins não são capazes de recuperar sua função. Portanto, existem duas possibilidades:
- fazer hemodiálise ou outro tipo de suporte renal artificial (SRA),como a diálise peritoneal, de maneira contínua;
- realizar um transplante renal.
8- Só faz hemodiálise quem precisa realizar um transplante renal?
Não necessariamente. A verdade é que nem todo paciente que faz este tipo de tratamento precisa ou realizará um transplante de rim.
Muitas vezes, o procedimento é realizado em indivíduos que, dadas suas condições de saúde, não têm indicação para realizar uma cirurgia do porte de um transplante. É o caso, por exemplo, dos portadores de doenças hepáticas, cardiovasculares e/ou infecciosas.
São pessoas para as quais a hemodiálise assegurará a filtragem do sangue e garantirá mais saúde até, pelo menos, conseguirem tratar e resolver as comorbidades. Afinal, só então é possível avaliar a possibilidade de entrar na fila à espera de um doador compatível.
Por outro lado, há casos que, dependendo do tratamento administrado, o paciente pode realizar o transplante renal sem, necessariamente, fazer hemodiálise. Ou seja, tudo depende do quadro individual.
9- A hemodiálise pode fazer o rim voltar a funcionar?
Não. A hemodiálise não trata o rim, apenas desempenha a função que ele deixou de fazer.
Dessa forma, o equipamento que realiza o procedimento atua como se fosse o próprio órgão, filtrando o sangue do paciente. No entanto, não faz o rim voltar a funcionar. Se isso acontecer, foi em virtude das terapias e medicamentos usados ao longo de todo o tratamento da doença (quando aguda, não crônica).
10- Como deve ser a dieta do paciente que faz hemodiálise?
Em relação às orientações gerais, deve-se evitar bebidas alcoólicas e, ao mesmo tempo, minimizar o consumo de sódio e potássio. No entanto, pacientes renais crônicos precisam ser acompanhados por nutricionistas.
Cabe a esses especialistas prescrever as quantidades e os tipos de alimentos e líquidos que podem ser ingeridos. Para tanto, avalia-se uma série de fatores, os quais envolvem desde o volume de urina produzido até a presença de doenças associadas.
11. Por que é importante manter o peso corporal adequado?
Indica-se manter um índice de massa corpórea (IMC) adequado para ajudar no tratamento. Afinal, o sobrepeso e a obesidade podem contribuir para o desenvolvimento de diabetes, hipertensão e outras doenças que prejudicam os rins.
12- É possível fazer hemodiálise e viajar para locais distantes?
Com toda certeza! Inclusive, a possibilidade de viajar, seja a trabalho ou lazer, melhora o convívio do paciente e de seus familiares com a doença renal.
Para tanto, basta comunicar à instituição onde realiza seu tratamento com antecedência, para que a mesma tenha tempo de organizar a hemodiálise em trânsito. Essa nada mais é do que a continuidade das sessões em uma localidade diferente de onde reside, seja no Brasil ou em outros países.
13- Quem faz o tratamento tem direito a algum benefício?
Sim. A legislação brasileira prevê alguns direitos ao portador de doenças renais crônicas portador, tais como:
- auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, em casos de incapacidades provocadas pela doença, para os segurados do INSS;
- saque dos valores depositados no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
- acesso gratuito aos medicamentos básicos e aos tratamentos;
- isenção do imposto de renda;
- passe livre no transporte interestadual.
14- Onde realizar hemodiálise em Florianópolis?
A hemodiálise promove a saúde e melhora a qualidade de vida do paciente com insuficiência renal. Para tanto, o tratamento deve ser feito em instituições especializadas, tidas como referência na área. Quem reside em Florianópolis, SC, pode contar com a excelência da Clinirim para realizar este e outros tratamentos!
Em caso de dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos à sua disposição!